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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Movimento Olga Benario organiza rede de acolhimento à mulheres vítimas de violência no RN

Movimento de Mulheres Olga Benario organiza rede de acolhimento em Natal, no RN. Rede irá atender mulheres vítimas de violência a partir de março em dois pontos da capital potiguar.

Kivia Moreira | Natal


MULHERES – Desde dezembro, o Movimento de Mulheres Olga Benario no Rio Grande do Norte, juntamente com voluntárias de serviço social, psicologia, advocacia e outras áreas, vem organizando uma rede de acolhimento para o atendimento à mulheres vítimas de violência. A iniciativa foi chamada de Rede Acolher, bem como para debater a importância da luta contra a violência às mulheres.

O nome foi escolhido devido ao infeliz e comum pensamento que “em briga de marido e mulher, não se mete a colher”, intimidando diversas mulheres a não denunciarem os casos de violência que lhe ocorrem. Mas, as mulheres organizadas compreenderam que é fundamental não somente acolher as vítimas, mas “meter a colher” para impedir a violência de gênero.

Inicialmente, a rede conta com 15 voluntárias, que terão duas áreas principais para atendimento: a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, já que não há espaços específicos para denúncias de violência de gênero, bem como acolhimento às vítimas na instituição; e a Ocupação Emmanuel Bezerra, organizada pelo movimento de luta nos bairros, vilas e favelas, já que os bairros que circundam a ocupação são da periferia, que possui diversos casos de violência também.

“Acredito que principalmente pelos inúmeros casos de violência de gênero que a gente vê constantemente na mídia regional, mas também os que não são notificados e por isso não recebem o atendimento necessário. É um espaço que busca se fazer presente em todo o processo de auxílio contra a violência sofrida.”, afirma Anna Beatriz Flor, voluntária da rede.

Os primeiros atendimentos ocorrerão já no início de março, mês marcado pela luta internacional das mulheres. Até lá, as militantes e voluntárias estão atuando na limpeza dos espaços de atendimento, bem como nas visitas às delegacias da mulher e centros de referência da capital do estado (Natal) para compreender melhor a atuação desses espaços e suas demandas.

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