Soneto dedicado a Emmanuel Bezerra dos Santos, dirigente do Partido Comunista Revolucionário (PCR) assassinado covardemente pela ditadura militar fascista em 1973.
Acauã Pozino | Rio de Janeiro
Não sei qual canção em praça aberta
Ou qual discurso em sala ou parlamento
Fará um dia jus ao seu exemplo:
Amoroso, combativo e sempre alerta.
Há alguns que fazem pouco de teu nome,
Pois não sabem quanta força foi preciso
P’ra dar a vida por um mundo sem mais fome,
P’ra que em mil línguas propagasse o socialismo.
Mas sou poeta e conheço tua história.
Nossos versos nunca conheceram grades
E ao contrário delas, não vão esmaecer.
Herdeiros da paz, saudamos hoje tua memória;
E mesmo estando em risco nossa liberdade
Ainda não pretendemos nos render.
Emmanuel presente