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sexta-feira, 3 de maio de 2024

Unidade Popular faz brigada do jornal A Verdade na fábrica Guararapes em Natal/RN

Kivia Moreira Nunes* | NATAL

 

TRABALHADOR UNIDO – No dia 26 de junho, militantes da Unidade Popular foram às portas da Fábrica Guararapes Confecções S/A, ramo têxtil que fabrica roupas para as lojas Riachuelo, para denunciar a precarização do trabalho, acentuada pela Reforma Trabalhista aprovada pelo Governo golpista do Michel Temer.

A fábrica é conhecida pela alta exploração de seus empregados, é tanto que já foram denunciados diversos processos trabalhistas que a fábrica está envolvida devido às más condições de trabalho e aos abusos físicos e psicológicos relatados pelos trabalhadores e trabalhadoras da Guararapes.

Por isso o grande interesse pela Reforma Trabalhista que o dono da empresa Riachuelo, Flávio Rocha, possui. Conforme os dados da Procuradoria Geral do Trabalho, a Guararapes é apontada como a 6° empresa do setor têxtil mais denunciada por trabalhadores junto com o Ministério Público do Trabalho. 

No início de 2016, o grupo Riachuelo foi condenado por praticar trabalho escravo. Isso aconteceu graças a uma costureira que era trabalhadora da fábrica Guararapes que denunciou uma série de abusos físicos e psicológicos. As funcionárias não bebiam água e quase não faziam necessidades fisiológicas por conta das limitações de trabalho impostas, relatando ter que usar fraldas para não ir ao banheiro. 

Esta ex-funcionária desenvolveu Síndrome do Túnel do Carpo, que provoca dores e inchaços nos braços. A ação aponta que a trabalhadora teve a sua capacidade laboral diminuída devido ao ritmo de trabalho exaustivo demandado pela fábrica em que são confeccionadas peças de roupa vendidas pelas lojas da Riachuelo.

A Unidade Popular realizou a brigada do Jornal A Verdade, com o intuito de denunciar a reforma trabalhista e como essa reforma está intrinsicamente relacionada com a vida cotidiana dos trabalhadores de Natal. Tendo em vista a quantidade gigantesca de potiguares empregados na fábrica – 1 a cada 80 pessoas de Natal estão empregadas na fabrica téxtil -, se faz muito necessário organizar esses trabalhadores e avançar na luta contra a exploração dos ricos e donos de empresas.

*militante da Unidade Popular

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