Vinicius Brainer | Diretor da APES
JUVENTUDE – O movimento estudantil passou por várias dificuldades de mobilização e organização durante a pandemia de Covid-19 e isso resultou na diminuição do número de grêmios de luta em todo o país. Na Paraíba, não foi diferente.
Para mudar esse quadro, a Associação Paraibana dos Estudantes Secundaristas (APES) deu início à campanha “Em cada escola, um Grêmio de luta!”. Só nos meses de maio e junho, realizamos processos de formação e construção de grêmios em mais de 10 escolas, avançando na luta dos estudantes paraibanos pela democracia e por uma educação de qualidade, que verdadeiramente contribua para a nossa formação.
Mas os obstáculos colocados aos estudantes são vários, especialmente nas escolas de modelo ECIT (Escola Cidadã Integral Técnica). Emanuel, 16 anos, estudante da ECIT Pastor João Pereira Gomes Filho, na capital paraibana, relata o que acontece em sua escola: “A carga horária é pesada. Essa situação desmotiva muito os estudantes na criação de um movimento estudantil forte e combativo. Também alguns diretores das escolas impedem a autonomia das diretorias eleitas para dirigir os grêmios e atuam autoritariamente. Mas sabemos que o tempo da ditadura militar acabou, temos nossos direitos e vamos lutar por eles, queiram ou não esses diretores”.
Matéria publicada na edição nº 273 do Jornal A Verdade.