Essa é uma vitória para toda a categoria, já que dentro do sindicato existem mais trabalhadores dispostos para fazer o enfrentamento às condições de trabalho precárias em que os educadores estão submetidos, além de combater o fascismo no estado e suas expressões no campo da educação.
Thais Gasparini | São Paulo
TRABALHADORES UNIDOS – No último mês de maio, professores e professoras da rede estadual paulista puderam acompanhar e participar do processo de eleição do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), o maior sindicato da América Latina, com 180 mil associados. O Movimento Luta de Classes (MLC) e a Unidade Popular (UP) construíram, pela primeira vez, a Chapa Luta de Classes para disputar a Diretoria Estadual Colegiada, além de lançar candidaturas para os conselhos estaduais e regionais nas subsedes. Ao todo, foram quase 51 mil votantes no dia do pleito.
A campanha da Chapa Luta de Classes foi feita de forma popular, construída no dia a dia no chão das escolas, por professores majoritariamente contratados, expressando a realidade da categoria. Com pouquíssimos recursos, dezenas de professores e apoiadores na luta por um sindicato classista, em defesa da educação e dos trabalhadores, passaram em mais de 400 escolas do estado e puderam apresentar um programa coerente para milhares de educadores, numa grande agitação política, chamando a categoria para a luta organizada e para a construção do sindicato. No final da campanha, somavam-se 600 novos contatos de professores interessados a ingressar no MLC e conhecer a UP.
Para a diretoria estadual, foram depositados quase 1.500 votos de confiança no programa apresentado pela chapa e foram eleitos conselheiros em seis subsedes: Campinas, Diadema, Santo André, São Bernardo do Campo, Zona Sul (Santo Amaro) e Zona Leste (Vila Prudente).
Essa é uma vitória para toda a categoria, já que dentro do sindicato existem mais trabalhadores dispostos para fazer o enfrentamento às condições de trabalho precárias em que os educadores estão submetidos, além de combater o fascismo no estado e suas expressões no campo da educação.
Como disse Che Guevara, “a melhor forma de educar um povo é faze-lo entrar em revolução”. Sem dúvidas, essa conquista tomará grandes proporções à medida que mais professores e professoras se somarem na luta em defesa dos direitos, mas também pela superação do sistema de exploração.
Matéria publicada na edição nº 273 do Jornal A Verdade.