Gianluca Marinho | Londres, Reino Unido
INTERNACIONAL – No dia 20 de julho de 2023, o Reino Unido passa a ter a chamada Lei “Anti-Imigração Ilegal”. A lei prevê a “remoção do Reino Unido de pessoas que entraram e chegaram em violação do controle de imigração.” A lei foi introduzida pela Secretária do 0epartamento de Estado do Interior, Suella Braverman, que justificou a lei dizendo que imigrantes “abusaram da disposição de visitar o Reino Unido por um período limitado como cidadãos sem visto para solicitar asilo”.
É de se esperar que esta lei não esteja a favor de grande parte das populações dos países periféricos que precisam sair de áreas de espoliação imperialista de conflitos e guerras em suas terras natais.
Na Inglaterra, as chamadas rotas legais estão disponíveis apenas a um reduzido número de países, sendo eles Hong Kong e Ucrânia, e em algumas condições Afeganistão e Síria. No entanto, ainda não existem rotas “legais” para, por exemplo, o Sudão, que arde em guerra civil desde abril deste ano. Está claro que esta lei é uma criminalização de pessoas em situações vulneráveis, que tiveram que deixar tudo de repente, para se moverem para países do centro do capitalismo, que só se beneficiam de conflitos, com a conquista de novos mercados e os lucros de suas indústrias armamentistas.
Vendo tudo isso, só podemos concluir que o trabalho dos operários em todo o mundo e observando este avanço da grande Burguesia na Inglaterra, é dividir essa luta em duas frentes, que se retroalimentam. Solidariedade para todos os Refugiados e pela garantia de seus direitos, e o fim de toda a miséria causada pelo imperialismo, que força famílias inteiras a sair de onde cresceram, e amam. É pelo fim de leis xenófobas como essa, mas também pelo fim do sangue derramado de nossos irmãos em guerras inter-imperialistas na periferia do sistema.
Matéria publicada na edição nº 276 do Jornal A Verdade.
