Nosso 3° Congresso é uma grande oportunidade para sintetizarmos nacionalmente as boas experiencias acumuladas, o que melhor fazemos em cada estado, para avançarmos ainda mais rápido. O Congresso é o momento ideal para realizarmos uma análise criteriosa de nossa caminhada até aqui, para aprimorarmos nossos métodos.
Leonardo Péricles | Presidente Nacional da UP
BRASIL – Desde seu nascedouro, nosso partido tem registrado importante crescimento de suas fileiras, tanto em quantidade quanto em qualidade.
Bebendo nas fontes da experiência do movimento comunista internacional e nas históricas lutas do povo brasileiro e demais povos latino-americanos, a Unidade Popular decidiu crescer desenvolvendo as lutas sociais e diminuindo a distância entre a teoria e a prática como parte da dialética de nossa ação política.
Assim, nosso 3° Congresso é uma grande oportunidade para sintetizarmos nacionalmente as boas experiencias acumuladas, o que melhor fazemos em cada estado, para avançarmos ainda mais rápido. O Congresso é o momento ideal para realizarmos uma análise criteriosa de nossa caminhada até aqui, para aprimorarmos nossos métodos. Assim, cada militante poderá aplicar nossa linha política nacional a sua realidade específica.
O Congresso já começou
O Diretório Nacional cumpriu todos os prazos que foram estabelecidos em sua reunião realizada em março, em Belo Horizonte. Os documentos estabelecidos foram os seguintes: 1) Convocatória e resolução de conjuntura internacional; 2) Publicação dos dois primeiros capítulos do Manifesto do Partido Comunista; 3) Resoluções do 2º Congresso e 4) Teses ao 3° Congresso. O estudo e o debate destes documentos já estão acontecendo nos núcleos de base por todo o Brasil.
Ressaltando que, para chegarmos ao Congresso Nacional, além dos estudos e da participação nas lutas, devemos organizar os Congressos Municipais e Estaduais para elegermos os delegados e renovar os mandatos dos diretórios locais.
As teses representam um verdadeiro salto de qualidade no aprofundamento de nossa linha política a respeito de diversos temas, que envolvem, sobretudo, a conjuntura nacional e internacional, nossas tarefas, finanças, organização partidária e mudança estatutária sobre o tempo de mandato dos diretórios da UP.
Das tarefas estabelecidas, a principal delas no campo do funcionamento partidário é a filiação sem obstáculos às pessoas que honestamente recorrem ao nosso partido para se somar à luta. É fundamental organizar estes novos filiados em núcleos para articular sua atividade teórica e prática, bastando, para isso, que concordem com o programa e os fundamentos de nosso partido representados em nosso estatuto e que aceitem pagar uma contribuição mensal.
Importante destacar que, apesar de nosso pouco tempo de experiência na organização de núcleos, já podemos colher exemplos importantes, como os aplicados no Rio de Janeiro e em São Paulo, que organizam encontros de responsáveis por acompanhar núcleos e conseguem garantir o funcionamento do partido mesmo onde ainda não há Diretório Municipal formalizado.
Somos um organismo vivo, portanto, a participação de cada militante se torna determinante e essa participação deve ser engajada na construção de ações diretas junto ao povo, seja no trabalho de divulgação de nossas propostas e ideias, seja na construção de lutas populares, seja na construção material do partido. Não somos um partido somente de filiados, mas de militantes ativos. O fundamental é demonstrarmos à classe trabalhadora e ao povo que somos um partido que vai muito além das eleições, um instrumento para a conquista do poder popular e uma nova sociedade, que chamamos de socialista.
Outra tarefa é articular melhor nossa tática. Entendendo que a tática é formada pelas ações que nos propomos a fazer nas mais variadas áreas de atuação no sentido de fazer avançar nosso partido no alcance de nosso objetivo estratégico que é a luta pelo poder popular e o socialismo, precisamos considerar toda nossa prática de realizações neste sentido. Ou seja, nosso trabalho de base, nossa agitação e propaganda, a atuação do partido junto as ocupações, as greves pelos direitos da classe trabalhadora, as manifestações, nossos avanços e nossa inserção no movimento operário e popular.
Matéria publicada na edição nº 277 do Jornal A Verdade.