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domingo, 22 de dezembro de 2024

Estudantes da UFPR denunciam agressão de mulheres em ataque fascista

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Grupelho fascista chamado MBL invadiu universidade e tentou constranger estudantes e trabalhadores.

Maria Fernanda Vicente | Curitiba


JUVENTUDE – Integrantes do MBL (Movimento Brasil Livre) liderados por João Bettega, Gabriel Costernaro e Matheus Faustino, promoveram um ataque fascista ao campus da Reitoria da UFPR, na capital paranaense. Durante o ataque, os agressores tentaram filmar e fotografar estudantes sem consentimento e violentaram duas mulheres, sendo uma estudante e uma trabalhadora terceirizada.

O atentado teve como alvo o Centro Acadêmico de História (CAHIS), onde o grupo, mesmo que avisados pelos guardas que era proibido filmar sem autorização, gravaram imagens do CA com o objetivo de “denunciar a apologia a ditadores comunistas”. Pouco tempo depois, estudantes do curso de História que se recusaram a serem filmados expulsaram os fascistas do espaço, os quais agrediram com um soco no estômago uma trabalhadora terceirizada que estava no local apenas para se certificar do que estava acontecendo. Ainda, usaram spray de pimenta nos alunos em plena universidade, além de usarem a mesma ferramenta para ameaçar mais estudantes ao decorrer da invasão.

Expulsos do CAHIS, o grupo de agressores continuou filmando os estudantes que desciam as rampas do prédio e negavam o direito à imagem, decisão que cabe a quem é filmado e é protegida pela Lei Geral de Proteção de Dados. O conflito se estendeu e os integrantes fascistas intensificaram seus ataques e violentaram mais uma vez uma mulher, sendo dessa vez a vítima uma estudante da Universidade que foi jogada no chão.

Por mais que os invasores tenham tentado dissimular uma história em que eles que eram as vítimas e então a publicado em veículos de mídia burgueses, os estudantes reagiram registrando Boletins de Ocorrência na delegacia e jogando baldes de água nos agressores ao serem chamados de “vagabundos”.

Vale ressaltar que o ataque ocorreu no Prédio Dom Pedro I, sede dos cursos de Humanas e Linguagens da Universidade Federal do Paraná, indicando uma intenção muito clara do MBL de propor uma educação que silencie narrativas que vão contra a ideologia neoliberal devido à simbologia que esses cursos carregam.

Dessa forma, podemos ver mais uma vez o modus operandi do MBL, ou seja, a forma com que o grupelho fascista atua: invadem espaço de convivência pública gerando confusões, passam por cima dos direitos de quem está lá e, quando são confrontados, mentem, rotulam quem os enfrenta como “agressivos” e “violentos”. Depois, divulgam essa versão distorcida dos fatos em suas redes sociais, como é comum aos fascistas historicamente.

Os estudantes foram exemplo de resposta aos ataques à universidade e à ciência, e convidamos a todos os integrantes da UFPR a somarem na luta contra o fascismo e em defesa da educação com o Movimento Correnteza!

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