O ataque fascista do MBL contra mulheres na UFPR

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Maria Fernanda Vicente | Paraná


Integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL), liderados por João Bettega, Gabriel Costernaro e Matheus Faustino, promoveram um ataque fascista na Universidade Federal do Paraná (UFPR), no prédio dos cursos de Humanas e Linguagens. Durante o ataque, os agressores tentaram filmar e fotografar estudantes sem consentimento e violentaram duas mulheres, sendo uma estudante e uma trabalhadora terceirizada.

O atentado teve como alvo o Centro Acadêmico de História (CAHIS), onde o grupo, mesmo que avisados pelos guardas que era proibido filmar sem autorização, gravaram imagens do CA com o objetivo de “denunciar a apologia a ditadores comunistas”.

Pouco tempo depois, estudantes do curso de História que se recusaram a serem filmados expulsaram os fascistas do espaço, os quais agrediram com um soco no estômago uma trabalhadora terceirizada que estava no local apenas para se certificar do que estava acontecendo. Ainda usaram spray de pimenta nos alunos em plena universidade, além de usarem a mesma ferramenta para ameaçar mais estudantes ao decorrer da invasão.

Expulsos do CAHIS, o grupo de agressores continuou filmando os estudantes que desciam as rampas do prédio e negavam o direito à imagem, decisão que cabe a quem é filmado. O conflito se estendeu e os integrantes fascistas intensificaram seus ataques e violentaram mais uma vez uma mulher, jogando ao chão uma estudante.

Como age os fascistas

Por mais que os invasores tenham tentado dissimular uma história em que eles eram as vítimas, e então publicado esta versão em veículos de mídia burgueses, os estudantes é que reagiram às agressões jogando baldes de água nos fascistas ao serem chamados de “vagabundos”.

Dessa forma, podemos ver como age o MBL: invadem espaços de convivência pública para gerar confusões, passam por cima dos direitos das pessoas e, quando são confrontados, mentem, rotulam quem os enfrenta como “agressivos” e “violentos”, divulgando versões distorcidas dos fatos em suas redes digitais.

Os estudantes da UFPR foram exemplo de resposta aos ataques às mulheres, à universidade e à ciência. Por isso, convidamos todos a se somarem na luta contra o fascismo e em defesa da educação.

Matéria publicada na edição nº 280 do Jornal A Verdade.