O estudo “Pobreza Multidimensional na Infância e Adolescência no Brasil” , realizado pela UNICEF com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC) mostra que 48,5% das crianças e adolescentes do Rio de Janeiro vivem na pobreza.
Igor Barradas | Redação RJ
BRASIL – Fome, dificuldade de utilização dos serviços de saúde, vida sem moradia digna, em calçadas, embaixo de viadutos e de marquises caracterizam a situação de quase metade das crianças e adolescentes do Rio de Janeiro.
De acordo com estudo “Pobreza Multidimensional na Infância e Adolescência no Brasil”, realizado pela UNICEF, quase 48,5% desta parcela da população fluminense encontra-se na pobreza.
O estudo apresenta uma análise de dados de 2016 a 2022 e analisa o acesso de crianças e adolescentes a seis direitos básicos: renda, educação, informação, água, saneamento e moradia e conclui que estes direitos não são respeitados.
Mesmo assim, enquanto a maioria da população fluminense sofre com a miséria crescente, um punhado de capitalistas do Rio de Janeiro lucram como nunca antes. Um exemplo é o carioca Jorge Moll Filho, dono da Rede D’Or de hospitais, que encontra-se na 7ª posição entre os maiores bilionários brasileiros no ranking da revista Forbes. Com uma fortuna estimada em US$ 17,1 bilhões, Moll enche seu bolso com a doença alheia.
RJ tem 36 mil crianças de até 6 anos em extrema pobreza
Outra pesquisa, produzida pelo Centro Internacional de Estudos e Pesquisas sobre a Infância, afirma que há 36 mil crianças de até 6 anos em extrema pobreza no estado fluminense.
Alinhando a este dado, 68,5% das mortes de crianças no estado são provocadas por causas evitáveis como falta de saneamento e vacinação. O estudo também mostra que 45,5% dos meninos e meninas vivem com famílias que recebem até meio salário mínimo por pessoa.
O Estado do Rio de Janeiro é caracterizado por possuir um grande déficit habitacional e ter um dos aluguéis e metros quadrados mais caros do país. Nas periferias a população sofre com a especulação imobiliária liderada pelas milícias. Por isso, grande parte destes jovens pobres não conseguem arcar com os gastos dos caros aluguéis e são impedidos de morar dignamente.
Esses números revelam que a burguesia é a maior inimiga das crianças e do futuro da humanidade e mantém seu domínio à custa da fome, violência e degradação. Mas este sistema decadente não é eterno. Os trabalhadores irão acabar com essa farra dos super-ricos e construir um novo governo, um governo revolucionário dos trabalhadores.