Marcelo Viola | Diretor do Sintaema – SP
BRASIL – Desde o início de seu mandato, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), vem promovendo uma grande ofensiva sobre o patrimônio público do povo paulista, prometendo vender tudo o que fosse possível.
No dia 29 de fevereiro, foi realizado o leilão que privatiza a Linha 7 – Rubi do trem, que abrange o trecho Barra Funda/Jundiaí. No mesmo leilão, também foi concedida a construção do trem intercidades até Campinas, arrematado por R$ 8 bilhões pelo consórcio C2 Mobilidade sobre Trilhos, que uniu os grupos Comporte (dono da Gol Linhas Aéreas) e CRRC (companhia chinesa que fabrica e opera trens).
Assim, fica evidente, mais uma vez, que o compromisso de Tarcísio com as elites nacionais e internacionais supera a expressão da vontade do povo de São Paulo. Em 2023, quase um milhão de paulistas se manifestou no plebiscito popular, com 95% dos participantes se opondo às privatizações, mas o governador só tem olhos para a burguesia.
A experiência com as privatizações anteriores do transporte sobre trilhos no Estado de São Paulo é mais um motivo para que não tivesse continuidade esse projeto, uma vez que as quatro linhas hoje privatizadas são acometidas por falhas diárias, superlotação e descarrilamentos, além de dar prejuízo, que é compensado pelos repasses públicos para as operadoras privadas.
Portanto, o recente leilão é mais um crime de Tarcísio, uma vez que só beneficia o grande capital e ignora a vontade e as necessidades dos trabalhadores.
Agora, a próxima investida do governador fascista, já com data marcada para 10 de abril, é sobre a Empresa Metropolitana de Água e Energia (Emae), empresa estratégica na produção de energia e controle da vazão das represas.
Diante dessa situação, é muito importante mobilizar a classe trabalhadora e construir uma grande greve geral que impeça a continuidade dos leilões e reverta as privatizações que já aconteceram.
Matéria publicada na edição nº 287 do Jornal A Verdade