O papel da UJR na construção da Casa de Referência Inês Etienne Romeu

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A UJR na Região dos Lagos foi peça fundamental para a conquista da ocupação Inês Etienne Romeu, no centro de Cabo Frio. Para pensar em como manter e expandir essa empreitada é necessário, também, um constante trabalho da juventude.

Ruy Vanzan | Cabo Frio (RJ)


No dia 25 de novembro de 2023, na cidade de Cabo Frio (RJ), ocorreu uma ocupação de mulheres em um imóvel que estava abandonado há mais de 10 anos. O Movimento de Mulheres Olga Benário tomou a acertada decisão de organizar um espaço que possa ser referência na luta pela em defesas das mulheres da Região dos Lagos, uma das regiões mais perigosas para as mulheres no estado do Rio de Janeiro.

Nesse processo a União da Juventude Rebelião (UJR), organizou seus militantes e, principalmente, suas militantes para participarem da construção da ocupação.

Como ocorreu?

Na madrugada do dia 25 de novembro de 2023, o Movimento de Mulheres Olga Benário ocupou a casa abandonada a mais de 10 anos. O local, que se encontrava bastante degradado, foi limpo em poucas horas pelo conjunto da militância. Depois de horas de resistência ao cerco policial que se formou em volta da ocupação, diversas negociações com a Prefeitura de Cabo Frio e contando com o apoio dos moradores ao redor, a Prefeitura cedeu o espaço ao movimento.

Assim se consolidou a Casa de Referência Inês Etienne Romeu, que acolhe, abriga e emancipa mulheres em situação de vulnerabilidade e que precisam de ajuda.

A Necessidade deste espaço

Na Região dos Lagos, números do Centro Especializado de Atendimento à Mulher (CEAM) de Cabo Frio mostram que, entre janeiro de 2021 e maio de 2022, mais de 800 mulheres foram atendidas por diversos tipos de agressões (física, moral, sexual e outras). Muitas dessas mulheres sofrem estes diversos tipos de agressão dentro de suas casas e não possuem local para acolhimento.

É para esse acolhimento que surge Casa de Referência Inês Etienne Romeu, uma casa de cuidado, encaminhamento e organização das mulheres que é essencial para que essas agressões não se convertam em mais feminicídios. Por tudo isso, é papel dos militantes da UJR construir e apoiar a Casa. Seja na organização, participando das atividades, contribuindo financeiramente ou  participando da escala. Tendo como horizonte mais atividades como o mutirão organizado pela UJR no dia 23 de janeiro. Não podemos nos afastar do que disse nosso patrono Che Guevara: “Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros”.