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sábado, 2 de novembro de 2024

Povo de Natal vai às ruas repudiar os crimes dos golpistas de 1964 e de 2023

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No dia 1 de Abril, diversos movimentos sociais, sindicatos e entidades estudantis de Natal (RN) foram às ruas denunciar os crimes dos fascistas da Ditadura Militar e do dia 8 de janeiro de 2023. 

Redação RN


LUTA POPULAR – Na segunda-feira, 1 de abril de 2024, marcou-se 60 anos desde que aconteceu o golpe empresarial-militar contra o povo brasileiro, estabelecendo um regime que prendeu, torturou e assassinou diversas pessoas que acreditavam na democracia e repudiavam a censura e a perseguição. 

Em Natal, terra de Emmanuel Bezerra, Anatália Melo Alves, Luiz Inácio Maranhão e Djalma Maranhão, a população realizou um ato na Praça Pedro Velho – no centro da cidade – denunciando os crimes da Ditadura Militar e relembrando a luta pela Memória, Verdade e Justiça e contra o fascismo no país.

Segundo Mateus Freitas, presidente do diretório municipal da Unidade Popular (UP) em Natal, “É tarefa de toda a esquerda e toda ala progressista no Brasil defender a reabertura da comissão da verdade. A impunidade sobre os crimes ocorridos pelo militares durante a Ditadura é uma ameaça a nossa frágil democracia. Não punir os generais de 64 é facilitar ainda mais para os imperialistas saudosos do regime militar e que sonham com um período de maior arrocho salarial e exploração com o aval de um estado fascista. Não é atoa que tentaram organizar novos golpes de Estado, como tentaram fazer em 08 de janeiro.

Os horrores da Ditadura não ficaram no passado. Se ainda existem milhares de famílias que até hoje aguardam para enterrar seus entes queridos, se até hoje lideranças indígenas como o Cacique Merong seguem sendo assassinadas e se a Polícia Militar segue perseguindo e matando o povo preto dentro de nossas periferias como fez com Claudia, Geovanni Gabriel, João Pedro e tantos outros. É preciso preservar a memória dos erros do passado para que nunca mais voltem a acontecer no presente e no futuro.”.

Os trabalhadores potiguares não se esqueceram e jamais esquecerão do que aconteceu durante a ditadura empresarial-militar, e manterão a pressão pelo reativamento das comissões da verdade, e pelo fim dos benefícios pensionarios aos familiares de torturadores. Anistiar torturadores jamais será aceito por aqueles que defendem a democracia popular, e muito menos por familiares e entes queridos de torturados e torturadas durante este período sangrento da história brasileira.

De acordo com Jana Sá, jornalista e integrante do grupo de filhos e netos dos desaparecidos políticos, “A Memória é um espaço de disputa de poder e sempre foi instrumentalizada como projeto de silenciamento por parte do Estado. Por isso, tratar das violências do passado é o caminho para a transformação da realidade presente. Não permitiremos a perpetuação do esquecimento como política de Estado.

Neste 1º de abril, data que marca os 60 anos do início da ditadura civil militar no Brasil, Natal se somou às manifestações em todo país para afirmar sonoramente: Ditadura Nunca Mais! 

Pela reinstalação da Comissão Especial dos Mortos e Desaparecidos Políticos e pela reinterpretação da Lei de Anistia de 1979! Sem anistia para os de hoje e de ontem!”.

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