Emissora Al-Jazeera foi fechada por decreto do ditador Netanyahu neste domingo (5). Governo israelense também suspendeu credenciais de jornalistas e proibiu outros veículos de imprensa de contratar funcionários da TV fechada.
Redação
INTERNACIONAL – Em mais um ataque à liberdade de imprensa e ao trabalho jornalístico, o regime autoritário sionista de Israel fechou, por ordem do governo Netanyahu a emissora de TV do Catar, Al-Jazeera. A Al-Jazeera ficou internacionalmente reconhecida por denunciar o genocídio palestino e por ser uma das únicas emissoras a terem jornalistas cobrindo o genocídio em Gaza do ponto de vista palestino.
Na Faixa de Gaza, jornalistas da Al-Jazeera se destacaram em furar o bloqueio midiático de Israel e dos EUA e mostra a realidade dos crimes cometidos pelo exército sionista. O trabalho dos jornalistas e repórteres cinematográficos foi tão importante para denunciar o genocídio ao ponto em que tornou os profissionais da imprensa alvos constante dos bombardeios israelenses.
Um dos casos mais lembrados é o do chefe da sucursal de Gaza da Al-Jazeera, Wael Dahdouh, que 5 membros da sua família serem assassinados pelo exército israelense num bombardeio contra o campo de refugiados de Nuseirat. Dahdouh, de 53 anos, perdeu sua esposa, dois filhos e um neto. Até agora, cerca de 150 jornalistas foram assassinados pelas forças de Israel em Gaza desde outubro.
Ataques a familiares e aos próprios jornalistas é uma tática comum de Israel há anos. Em maio de 2022, militares sionistas assassinaram a jornalista também da Al-Jazeera Shireen Abu Akleh, em Jenin, na Cisjordânia. O assassinato da jornalista gerou revolta entre os palestinos e de profissionais da imprensa de todo o mundo.
Agora, Israel tenta mais uma vez calar de vez a voz dos jornalistas que defendem a causa palestina. O caso da Al-Jazeera, uma emissora internacionalmente reconhecida, mostra até onde a tal “principal democracia do Oriente Médio” é realmente democrática. Israel não fechou a Al-Jazeera apenas por ser uma emissora árabe, mas porque ela dava voz a jornalistas e ao povo palestino. Além de fechar a TV, o governo de Israel também apreendeu todos os equipamentos dos jornalistas e os proibiu de trabalhar em outros veículos de imprensa.
A censura a voz palestina é uma regra em Israel e em todos os meios de imprensa aliados dos sionistas. Basta ligar qualquer canal de TV no Brasil para ver que poucos ou nenhum representante da comunidade palestina são convidados para dar a visão palestina do genocídio. O que Israel está fazendo agora é só estabelecer a censura de forma mais descarada do que já aplicava antes.