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quinta-feira, 18 de julho de 2024

Casa Almerinda Gama está ameaçada de despejo pelo governo do fascista Cláudio Castro

Após movimentação do Governo do Estado do Rio de Janeiro, o Tribunal de Justiça do RJ determinou o despejo da Casa de Referência da Mulher Almerinda Gama, organizada pelo Movimento de Mulheres Olga Benario, no Centro da capital fluminense. No dia do julgamento (11 de junho), centenas de pessoas se reuniram na porta do TJ para demonstrar apoio à Casa Almerinda Gama.

Redação RJ


Após movimentação do Governo do Estado do Rio de Janeiro, o Tribunal de Justiça do RJ determinou o despejo da Casa de Referência da Mulher Almerinda Gama, organizada pelo Movimento de Mulheres Olga Benario, no Centro da capital fluminense. Em uma região muito cobiçada pela especulação imobiliária, o Governo e a Justiça tentam acabar com um dos únicos espaços de acolhimentos de mulheres em situação de violência na Região Metropolitana.

No dia do julgamento (11 de junho), centenas de pessoas se reuniram na porta do TJ para demonstrar apoio à Casa Almerinda Gama. Entre os manifestantes, estavam mulheres e crianças abrigadas, que foram atendidas ao longo dos dois anos de funcionamento da Casa.

A Almerinda Gama é uma das mais de 20 casas de referência organizadas pelo Movimento Olga Benario no país. Fruto da ocupação de um edifício vazio, que não cumpria função social, o espaço dá acolhimento e atendimento jurídico, psicológico, social, entre outros, a dezenas de mulheres em situação de violência.

Na sustentação oral durante o julgamento do despejo, Monique Zuma, advogada e militante do Movimento, afirmou que “O STF e o CNJ entendem que, quando há a possibilidade de uma desocupação coletiva de pessoas em situação de vulnerabilidade, é importante que seja feita de forma cautelosa, que tenha inspeção judicial no local, tentativa de mediação, planejamento de para onde vão essas pessoas em vulnerabilidade”.

Mesmo com isso, os desembargadores decidiram pelo despejo da Casa e, tanto a Justiça quanto o Governo do fascista Cláudio Castro (PL), não deram qualquer indicativo de como irão atender as mulheres que dependem da existência da Casa.

“Nós, que somos acolhidas pela Casa, sabemos que muitas coisas que a gente não tinha acesso na nossa vida, antes de vir para cá, só passamos a ter depois que viemos para a Almerinda”, afirma uma das abrigadas.

Agora, o Movimento promete manter e ampliar a mobilização em defesa da permanência da Casa Almerinda Gama. Muitos movimentos sociais e mandatos parlamentares de esquerda têm se solidarizado com a luta. Diante dos ataques do Governo, a Casa Almerinda Gama continua a resistir em defesa da vida das mulheres.

Publicado na edição nº 294 do Jornal A Verdade

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