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sábado, 27 de julho de 2024

Após matar mais de 400 atletas palestinos, Israel não foi punido nas Olimpíadas

Mesmo realizando um genocídio na Palestina, o Estado de Israel não sofreu qualquer tipo de punição nessas Olimpíadas, contrariando o dito “Espírito Olímpico”. Porta bandeira de Israel na Cerimônia de Abertura assinou bombas que mataram crianças palestinas.

Igor Marques | Redação RJ


INTERNACIONAL – Nesta sexta-feira (24), será realizada a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2024, a serem realizados na capital francesa, Paris. A presente edição será marcada pela presença de delegações de mais de 200 países.

As Olimpíadas modernas foram iniciadas no ano de 1896, por iniciativa do francês Barão de Coubertin, que via no esporte um espaço de união, aproximação e paz entre os povos de todo o mundo. No entanto, esses ideias ficam apenas no discurso, já que o fundador dos jogos e do Comitê Olímpico Internacional (COI) defendeu a realização das Olimpíadas na Alemanha Nazista, em 1936, e era contra a participação feminina nos jogos. Na prática, o COI e as federações esportivas até hoje atuam em defesa dos países Imperialistas.

Os Jogos Olímpicos, frequentemente, são encarados pela grande mídia a partir desse discurso oficial e como um grande momento de celebração mundial. Mas há o que celebrar enquanto países genocidas passam impunes?

Israel não sofre punição após massacre em Gaza

Israel, desde outubro de 2023, promove um massacre contra o povo palestino na Faixa de Gaza. Estudos apontam que o número de mortes nesse conflito já passa de 200 mil, sendo a maioria mulheres e crianças. Um verdadeiro genocídio.

Mesmo com todo esse massacre contra o povo Palestino, o Israel não sofreu qualquer tipo de punição, contrariando o dito “Espírito Olímpico”. Esses “valores olímpicos” incluem práticas como a amizade, a compreensão mútua, a igualdade e a solidariedade.

Além disso, a tradição da trégua olímpica, que perdura desde a antiguidade, prevê a suspensão de guerras no período em que durar os Jogos Olímpicos e os Jogos Paralímpicos. Porém, o COI e a França prontamente disseram que esse princípio não valeria para Israel, que poderá participar das Olímpiadas normalmente.

Foi esse mesmo dispositivo que, por exemplo, puniu a Rússia e Belarus com a suspensão dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022 e dos Jogos Olímpicos de Verão deste ano pela agressão à Ucrânia, iniciada há dois anos. Nessas Olimpíadas, apenas 15 atletas russos irão participar, todos sob bandeira neutra.

O COI, para defender um Estado genocida, rasga suas próprias “tradições”. Se é que um dia essas tradições existiram fora do papel, já que países como os Estados Unidos e a própria França, estiveram envolvidos em diversas guerras Imperialistas, massacraram povos de todo o mundo, e jamais sofreram punição do Comitê Olímpico Internacional.

Israel, por sua vez, mostra sua verdadeira face genocida. Os comitê olímpico sionista escolheu como porta-bandeira na Cerimônia de Abertura o atleta Peter Paltchik, que assinava bombas jogadas contra os palestinos com a frase “de mim, com prazer”. Ou seja, Israel não só não é punido pelo COI, mas também consegue até autorização para fazer propaganda do genocídio em Gaza.

Mais de 400 atletas palestinos mortos

A participação do Estado fascista de Israel nas Olimpíadas de Paris será dada sobre protestos dos povos de todo o mundo, entre atletas e torcedores. Na estreia da seleção de futebol israelense nos jogos, torcedores protestaram durante a execução do hino do país e exibiram bandeiras da Palestina.

O Comitê Olímpico Palestino também entrou com ação no COI contra a participação de Israel nas Olimpíadas de 2024, alegando o não cumprimento da chamada trégua olímpica, visto o massacre em curso na Faixa de Gaza.

Além disso, segundo dados do Comitê Olímpico Palestino, o presente massacre já assassinou mais de 400 atletas palestinos, incluindo o técnico da seleção olímpica de futebol da Palestina, Hani Al-Mossader, e o primeiro atleta olímpico da história do país, Majed Abu Maraheel. Nas Olimpíadas deste ano, o país contará com apenas oito atletas em sua delegação.

Como é possível falar em uma competição justa, como recomenda o dito “Espírito Olímpico”, se um país impõe um regime de apartheid e de morte aos atletas palestinos? Como falar em valores de solidariedade quando não se pune um Estado genocida?

A Palestina necessita de sua autodeterminação e é dever dos trabalhadores de todo o mundo lutar em verdadeira solidariedade contra o genocídio do povo palestino. Em todo o mundo, é preciso exigir punições e sanções ao Estado fascista de Israel e lutar por uma Palestina livre.

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