A Unidade Popular (UP) apresentará candidaturas em mais de 30 cidades, de 16 estados. O centro da agitação política nessa luta eleitoral estará alinhado com as lutas políticas e econômicas dos trabalhadores, a partir de ampla propaganda do socialismo.
Priscila Voigt | Diretório Nacional da UP
BRASIL – Estamos às vésperas do processo eleitoral para prefeituras e câmaras de vereadores nos municípios de todo o Brasil. A partir do dia 16 de agosto, inicia-se oficialmente o período de campanha eleitoral. A Unidade Popular (UP) participará, pela terceira vez, das eleições. Nesta oportunidade, apresentará candidaturas em mais de 30 cidades, de 16 estados.
Neste período de pré-candidaturas, precisamos focar em organizar nosso partido para enfrentar a batalha eleitoral, que, como sabemos, é extremamente injusta, desigual e antidemocrática, pois se dá no terreno inimigo. Esta desigualdade se expressa, por exemplo, na chamada “cláusula de barreira”, que deve ser denunciada nas nossas agitações, pois nos impede de ter acesso ao fundo partidário anual, limitando-nos a uma ínfima parcela do fundo eleitoral, além de nos negar o direito à propaganda eleitoral gratuita de TV e rádio e de nos excluir dos debates nos grandes meios de comunicação.
Para enfrentar essa barreira que tentam nos impor, devemos contar com a força da nossa organização, fortalecendo os nossos núcleos, colocando nossa militância em movimento, desenvolvendo as lutas populares e nossa autossustentação material. Além disso, devemos reafirmar nossos objetivos políticos e acompanhar a realização do planejamento de campanha.
Nosso principal objetivo nessas eleições deve ser impulsionar as lutas dos explorados, levantar suas reivindicações e organizá-los para obter vitórias. Também é nosso objetivo realizar uma ampla propaganda do socialismo, mostrando que esta é a verdadeira sociedade dos trabalhadores, enquanto que o capitalismo é a causa da fome, da pobreza e dos baixos salários. Para completar, é preciso filiar milhares de novos militantes à UP, organizando-os nos núcleos de base do partido e dos movimentos que o compõem.
Se fizermos denúncias contundentes, se falarmos dos problemas reais que afetam o dia a dia do nosso povo, identificando suas causas e responsáveis, apresentando nosso programa como saída, alcançaremos esses objetivos. Devemos realizar muita agitação nas ruas com megafone, caixa de som, fazer porta a porta, distribuir centenas de milhares de panfletos, realizar plenárias de apresentação.
O centro de nossa agitação política na luta eleitoral deve estar alinhada com as lutas políticas e econômicas da classe trabalhadora mais consciente, em especial a defesa do povo palestino; a defesa e solidariedade com o povo do Rio Grande do Sul; a luta contra as privatizações e contra a militarização das escolas; a defesa do aumento real dos salários e melhores condições de trabalho; prisão para Bolsonaro e os generais fascistas (identificando e nomeando os aliados do fascismo em cada município).
A luta de classes que se desenvolve em nível mundial revela que a classe trabalhadora mantém seu peso decisivo nos rumos dos países, com greves e manifestações, e que as organizações de esquerda podem e devem ganhar espaço se estiverem, de fato, ligadas a essas lutas.
Todas as nossas ações devem estar concentradas em conquistar os trabalhadores e o povo para acabar com a exploração e a opressão capitalista e pela construção do poder popular e do socialismo.
Matéria publicada na edição nº 296 do Jornal A Verdade