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terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Servidores municipais de Belém lutam por direitos e democracia

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Fórum de Entidades Sindicais dos Servidores Públicos, que reúne os sindicatos que representam os servidores de Belém (PA), coordena mobilização contra um projeto que autorizaria o prefeito Igor Normando (MDB) a retirar direitos dos trabalhadores

Redação PA


No último dia 22 de janeiro, os servidores municipais de Belém do Pará se reuniram no Fórum de Entidades Sindicais dos Servidores Públicos, onde se consolidou mais uma importante etapa na organização da luta por direitos fundamentais para todos os trabalhadores do município. Este fórum, que reúne sindicatos e associações de servidores públicos, tem se tornado a trincheira de resistência contra os ataques que tentam enfraquecer a dignidade e os direitos de quem, de fato, faz a cidade funcionar: os servidores municipais.

O Movimento Luta de Classes (MLC) defende a organização de forma unificada, mobilizando servidores em torno de pautas que são de interesse de toda a categoria, como a valorização do vale-transporte, o aumento do vale-alimentação e, principalmente, o reajuste salarial.

A servidora Gualdina Maria Menezes Leite (Gal), uma das representantes do movimento, destacou que só assim é possível barrar a retirada de direitos que acontece nesse contexto de avanço do neoliberalismo. O prefeito recém-eleito, Igor Norman, primo do governador Helder Barbalho (MDB), tenta impor um ataque brutal à democracia no município. “No dia 18 de janeiro, Norman enviou à Câmara Municipal um Projeto de Lei (PL) que, se aprovado, permitirá ao prefeito governar Belém por meio de decretos, sem consultar a sociedade civil ou os próprios vereadores. A proposta dá ao prefeito o poder de fundir secretarias, extinguir planos de carreira e tomar outras decisões sem qualquer tipo de debate democrático”, denuncia a sindicalista.

Esse autoritarismo foi seguido pela convocação de uma sessão extraordinária na Câmara Municipal, durante o recesso, com a intenção de aprovar o projeto de forma precipitada e sem a devida transparência. “Este ataque aos direitos dos servidores exige uma resposta do movimento sindical. Os servidores estão em plena mobilização para barrar essa tentativa de golpe contra a democracia e os direitos da população. Convocamos todos os trabalhadores a se unirem em frente à Assembleia Legislativa, onde também funciona a Câmara Municipal, para mostrar que não aceitaremos esse retrocesso”, convoca Gal.

Ela protesta ainda contra as tentativas de criminalizar os servidores públicos. “Nos rotulam de baderneiros e vagabundos. Nada disso é verdade! Somos médicos, enfermeiros, professores, trabalhadores da limpeza pública, do Suas, das fundações e de tantas outras áreas que formam o alicerce de nossa cidade. Lutamos pelo direito constitucional à democracia, pela valorização do trabalho e pelos direitos que são nossos por justiça”.

Matéria publicada na edição nº 306 do jornal A Verdade

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