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quinta-feira, 13 de março de 2025

Bahia alcança marca de 400 jornais vendidos em brigadas nacionais

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O planejamento das brigadas, aliado à intensa luta política sobre a necessidade de colocar o jornal no centro da vida militante, resultou no aumento de brigadas e vendas do jornal A Verdade no estado. 

Isabella Tanajura | Salvador

Pela primeira vez foram vendidos 401 jornais em brigadas nacionais na Bahia, registrando a maior venda em brigadas já feita no estado. Este feito foi alcançado na edição em que a Bahia também aumentou a cota para mil jornais por quinzena, demonstrando o crescente empenho da militância baiana com as vendas do jornal A Verdade.

Os brigadistas do jornal iniciaram as vendas ainda durante o carnaval de Salvador, no tradicional bloco de esquerda Mudança do Garcia. Todos os 30 jornais que levaram foram vendidos aos foliões na concentração do bloco, que é conhecido pelas manifestações políticas e tinha como um dos temas a defesa da Palestina contra o genocídio imperialista dos Estados Unidos e Israel. Depois da quarta-feira de cinzas, o povo volta às ruas para a luta e os brigadistas também. 

Uma equipe de apenas quatro militantes vendeu 70 jornais na assembleia dos professores da rede estadual de educação que discutia o reajuste salarial da categoria. Nessa oportunidade, os brigadistas aproveitaram para conversar com os trabalhadores da educação sobre o sucateamento que as escolas estaduais têm sofrido e a necessidade de prender Bolsonaro e seus cúmplices fascistas.

No sábado pela manhã, as brigadas nos bairros e estações de metrô aconteceram em diversos pontos da capital baiana, sendo a brigada da Estação Brotas uma das que mais se destacou por ter superado a meta que havia estabelecido, com 54 jornais vendidos. Durante as brigadas nos bairros, é comum os militantes receberem denúncias dos problemas enfrentados no dia a dia da população, como o corte de linhas de transporte, o aumento da violência e a falta de vagas nos hospitais e creches.

Para Macé Silveira, coordenador do núcleo da UP em Brotas, a agitação na caixa de som com microfone é um fator importante para essa atividade já que cumpre o papel de formar mais militantes enquanto tribunos populares e também faz com que as pessoas conheçam a nossa linha política mesmo que não comprem o jornal. 

“Além disso, quando as pessoas passam, elas ficam curiosas em saber o que é que aquelas pessoas que estão com caixa de som e o jornal na mão falam e por isso se aproximam com mais facilidade e aceitam conversar com os brigadistas quando tem agitação. Nas agitações sempre tentamos trazer ao máximo a denúncia da matéria de conjuntura. Nessa agora falamos sobre a escala 6×1 e o dia internacional da mulher trabalhadora também. Nas minhas agitações sempre falo muito sobre a violência policial, o transporte que não é bom e as linhas de 5 anos para cá que foram retiradas. Acho que as outras pessoas tocam bastante nesses temas”, relata Silveira.

Esse sábado de brigada nacional coincidiu com o Dia Internacional das Mulheres Trabalhadoras, em que a Unidade Popular e o Movimento de Mulheres Olga Benario estiveram nas ruas denunciando o alto custo de vida, as guerras imperialistas, sobretudo contra o povo palestino, e a violência diária sofrida pelas mulheres no Brasil. Durante o ato em Vitória da Conquista (BA), a estudante Micaelly Teixeira vendeu 24 jornais, sendo a brigadista na Bahia que mais vendeu jornais na brigada nacional dessa quinzena.

“Eu acho que a gente tem que ter muito esse espírito de que, em cada jornal que a gente vende, a gente sempre dá o nosso melhor. Porque a pessoa com quem a gente está conversando pode ser um dos melhores quadros do nosso partido futuramente. Isso depende apenas da postura que a gente vai ter e da gente dar o nosso melhor para vender aquele jornal, para convencer aquela pessoa da nossa linha política, para convencer aquela pessoa de que vale a pena lutar ao nosso lado”, defende a brigadista.

Brigadistas em Salvador durante o ato na capital baiana para o 8 de março. Foto: Isabella Tanajura / JAV BA

Cumprir as metas: um dever revolucionário 

Esse resultado de 400 jornais vendidos na brigada nacional não aconteceu ao acaso. Para o crescimento das vendas e brigadas, o planejamento da Comissão de Agitação e Propaganda foi indispensável. Isso, aliado à intensificação da luta política sobre a importância de colocar o jornal no centro do trabalho, fez com que mais pessoas participassem das brigadas. Também estão sendo consolidadas as brigadas nas portas de fábricas e grandes empresas, como a Atento no bairro do Uruguai, no Porto de Salvador e na porta da montadora chinesa BYD, que recentemente foi denunciada por manter trabalhadores em situação análoga à escravidão.

O planejamento é uma parte fundamental para que possamos aumentar o número de jornais, mas ficará no papel sem a vontade de vencer e o espírito de disciplina dos militantes. Por isso, o cumprimento das metas individuais, aliada à meta geral da brigada, é importante para que possamos aumentar a difusão da nossa política pelo jornal. Quando um camarada está demonstrando dificuldade em bater a sua meta de venda individual, é importante que haja um apoio coletivo para ajudar na dificuldade e procurar compreender qual a questão central que está dificultando — ajustar o discurso, por exemplo, pode ser algo que ajude. É tarefa dos coordenadores de brigada mostrar, pelo exemplo prático, como podemos e devemos difundir a nossa política pela venda do jornal, superando as metas estabelecidas.

No texto de Lênin “O que fazer?” (1902), ele afirma: “O jornal é uma arma poderosa nas mãos do Partido, e é a principal forma de divulgação das ideias revolucionárias”. O jornal A Verdade cumpre um papel central na organização e mobilização da classe trabalhadora, além de ser um instrumento vital para a formação política e propagação das ideias do socialismo no Brasil. É um dever de todo revolucionário divulgar e crescer A Verdade em todo o país.

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