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quarta-feira, 9 de julho de 2025

Black Pantera: a batida que incendeia o racismo

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Originada de Uberlândia (MG), a banda Black Pantera adquire uma sonoridade única ao mesclar elementos de metal, punk e sua militância incansável. O grupo, popular por músicas como “Fogo Nos Racistas”, “Perpétuo” e “Candeia”, traz à tona o real caráter da rebeldia negra: ela é ancestral e revolucionária.

Sat Montaigne | UJR-MG


O Black Pantera foi formado por três trabalhadores que, desde sempre, já tinham algo em comum: a pele retinta, carregada da força de povos ancestrais que lutaram e lutam, até hoje, em nossos corpos. Antes da formação da banda, os artistas já se engajavam no mundo da arte – no entanto, enfrentando muitas dificuldades e desvalorizados por uma sociedade que trata a arte como matéria de segundo plano, precisavam fazer “bicos” para se manter dignamente.

A união se deu após anos tocando covers juntos. Depois de anos tocando juntos, os irmãos Charles Gama (guitarra e vocal) e Chaene da Gama (baixo e vocal) uniram-se ao baterista Rodrigo Pancho. Insatisfeitos com a estrutura racista do capitalismo, que desumaniza e joga o povo negro à fome e à miséria todos os dias, fundaram a Black Pantera. Seu primeiro EP, “Ratatatá”, já demonstrava a energia explosiva de seus integrantes – e deixava bem claro: eles estão aqui para ficar.

Dessa forma, após se organizarem para a produção do álbum “Ascensão”, Black Pantera se populariza após o lançamento de “Fogo nos Racistas”, hino em forma de metal que combate a opressão do povo afrodescendente, que constrói e sustenta o Brasil. Desde então, eles vêm conquistando mais corações à cada dia, mostrando às massas que o racismo, fascismo e nazismo não são toleráveis: precisamos existir, resistir e combater os ataques ao povo rumo a uma nova realidade.

Das ruas aos ouvidos, fogo nos racistas!

A mensagem que a banda passa, contudo, não se limita ao chamado à resistência: é também uma crítica a quem insiste na conciliação com os algozes burgueses, verdadeiros escravizadores da classe trabalhadora. Todas as conquistas do povo foram arrancadas nas ruas. O caminho das negociatas, do ‘governismo’ e da ‘governabilidade’ é pura ilusão, é preciso lutar! Não há conciliação possível com aqueles que, desde 1500, sequestram, exploram e matam o povo negro nas periferias. Pelo poder popular e pelo socialismo, com a luta organizada do povo negro e da classe trabalhadora!

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