Celebração ecumênica em memória e solidariedade ao povo palestino é celebrada em Quito, reunindo apoiadores da causa palestina e lutadores sociais
Thiago Santos | Unidade Popular (UP)
INTERNACIONAL – No dia 27 de julho de 2025, por ocasião do aniversário da Marcha de Arbaín, evento que celebra a memória do Imam Hussain (neto do Profeta Muhammad e importante figura religiosa para os muçulmanos xiitas), representantes da comunidade mulçumana de Quito promoveram uma celebração ecumênica de confraternização, memória, divulgação de valores humanistas como a solidariedade e o serviço ao próximo, e, também, aproveitaram a ocasião para denunciar as atrocidades cometidas contra a população palestina na Faixa de Gaza.
Durante apresentação do grupo musical Canto Sur, Francisco Jaramillo denunciou que já ocorreram mais de 58 mil assassinatos em Gaza onde mais de 20 mil crianças perderam a vida. “Deixemos de falar de Hamás e falemos de Gaza”, disse o poeta que emocionou tanto os que tomavam assento na Tenda da Paz, onde ocorreram as apresentações e saudações aos que assistiam o evento, quanto às pessoas que passeavam pelo Parque La Carolina, no Centro da capital equatoriana. Em forma de versos o trio musical seguiu e cantando e denunciando “quanta tragédia sobre esta terra”.
Além da Tenda da Paz, foram montadas tendas de divulgação da arte, da cultura e da culinária da comunidade árabe atraindo um grande público interessando no assunto e despertando a curiosidade dos frequentadores do parque que fica no coração da cidade.
Na ocasião, a comunidade Árabe-Mulçumana agradeceu a solidariedade que o povo Palestino tem recebido de movimentos populares, partidos de esquerda e organizações sociais do Equador. Manoel Moya, presidente da Confederação Unitária de Bairros do Equador, um dos homenageados, recebeu das mãos do Sheik Mohammad Khodadadi um certificado simbólico de reconhecimento “pelo seu firme compromisso e solidariedade com a legítima luta do povo Palestino que há décadas tem empreendido um árduo processo de libertação nacional ante as injustiças, opressão, genocídio e regime de apartheid imposto, dirigido e controlado pela entidade sionista israelense que ocupa a Palestina, desafiando abertamente a legalidade internacional.”
“Queremos ratificar nosso compromisso de solidariedade com a luta e a resistência do povo palestino e consideramos que é importante fortalecer os laços de unidade das diferentes organizações sociais e populares para enfrentar tudo o que teremos pela frente. Viva a Palestina livre! ”, declarou Moya. Pablo de la Vega, representante do povo saraauí denunciou os crimes cometidos por Israel responsabilizando também a cumplicidade do imperialismo dos Estados Unidos e a conivência da União Europeia.
Ao final do ato solene, já por volta da hora do almoço, relembrando o ato de Hussain que permitiu às tropas que ele combatia terem acesso à água e comida durante os enfrentamentos, foram distribuídos chá gelado acompanhado de shawarma, seguindo a tradição da Marcha de Arbaín que reúne 25 milhões de peregrinos num percurso feito por volta de seis dias ao longo de 80Km onde são distribuídos comida, água e oferecidos serviços gratuitos de assistência médica e acolhimento dos participantes por meio de trabalho voluntário.
Thiago Santos, membro do Diretório Nacional da Unidade Popular (UP).