UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

segunda-feira, 4 de agosto de 2025

29º Seminário Internacional sobre Problemas da Revolução na América Latina reafirma a luta do povo palestino

Leia também

Reunindo organizações revolucionárias de várias partes do mundo em Quito, Seminário Internacional sobre Problemas da Revolução na América Latina (SIPRAL) denunciou o genocídio do povo palestino.

Claudiane Lopes | Quito (Equador)


INTERNACIONAL – Organizado pelo Partido Comunista Marxista-Leninista do Equador (PCMLE) e pela Juventude Revolucionária do Equador (JRE), ocorreu o 29º Seminário Internacional sobre Problemas da Revolução na América Latina (SIPRAL), realizado em Quito nos dias 31 de julho e 1 e 2 de agosto de 2024 na Universidade Central do Equador, com tema: “As mudanças na Geopolítica Internacional”.

Estiveram presentes representantes de organizações políticos da Argentina, Alemanha, Brasil, Colômbia, Equador, Finlândia, México, Peru e República Dominicana. Todos eles apresentaram suas teses a cerca na conjuntura atual. Além disso, tiveram participação de diversas organizações estudantil, sindicais, populares e culturais. O evento também proporcionou as comemorações dos 61 anos do PCMLE.

Segundo Patrício Aldaz, porta voz do PCMLE, “há 29 anos realizamos este seminário, que já é vitorioso. Pois é uma tarefa da Conferência Internacional de Partidos e Organizações Marxistas leninistas (CIPOML). Mas também é um compromisso dos Partidos Comunistas que participam. O capitalismo é um sistema em movimento, mas não tem movimento harmônico, é um movimento que aumenta a exploração da classe trabalhadora. Estudá-lo é importante para os revolucionários. Esse seminário aponta isso”.

Do Brasil, participaram o Partido Comunista Revolucionário (PCR), a Unidade Popular (UP) e a União da Juventude Rebelião (UJR) com uma delegação que contribuiu muito com os debates e deliberações.

Nos três dias de seminário o debate cocluiu que vivemos um momento de avanço do imperialismo com realização de guerras com objetivo de se apoderar das riquezas naturais dos países ocupados, do aumento dos orçamentos militares dos principais países imperialistas numa clara preparação de uma futura 3 guerra mundial. Exemplo disso é a situação do povo palestino, onde da 70 mil pessoas assassinadas em Gaza, 17.000 eram crianças. Este é o número brutal de mortes causadas pelo governo israelense desde 7 de outubro de 2023. Apesar do massacre, a juventude e o povo palestino continuam resistindo. Eles se manifestam, se defendem e sobrevivem nas condições desumanas impostas pela ocupação nazi-sionista.

29º SIPRAL, em Quito, Equador. Foto: JAV

O Brasil apresentou no painel a tese sobre os crimes que ocorre contra o povo palestino. Thiago Santos, da direção do Partido Comunista Revolucionário (PCR) declarou que “o objetivo dessa carnificina em Gaza é tomar posse do território palestino e de suas riquezas, anexá-lo para formar o Grande Estado de Israel e, como prova os covardes ataques ao Irã, assumir o total controle do Oriente Médio, uma das regiões mais ricas em petróleo do mundo e estratégica do ponto de vista econômico e militar, principalmente diante da iminência de uma nova guerra mundial. Ademais, a palestina é uma nação rica. Sua terra é fértil e é responsável pela produção de parte dos alimentos consumidos pela população de Israel. Estudos realizados pela ONU concluíram existir petróleo e gás natural na faixa de Gaza que explorados poderiam significar cerca de US$ 524 bilhões.”

Para deter este genocídio, é fundamental promover uma solidariedade concreta e efetiva com o povo palestino em todos os países, intensificando as manifestações e atos de apoio, e exigindo aos governos a ruptura de relações comerciais com o Estado nazi-sionista de Israel.

O enceramento aprovou uma Declaração Final que denunciou as guerras imperialistas, como as guerras na Palestina e Ucrânia. Em especial, o genocídio ao povo palestino, onde milhares de seres humanos estão sendo dizimados as custas da ganância da capitalista no mundo. Além disso, denunciou os planos imperialistas para aprofundar a exploração sobre a América Latina, ressalta as diversas manifestações de luta e resistência dos povos contra essas medidas e convoca os revolucionários a lutar para derrotar o fascismo em nosso continente. Dessa maneira, foi aprovado o dia 29 de novembro, como dia internacional de lutas em defesa do povo palestino. 

More articles

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Últimos artigos