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sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Trabalhadores dos EUA protestam contra autoritarismo de Donald Trump

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Nos últimos dias, milhões de trabalhadores protestaram nos EUA contra as medidas autoritárias de Trump e os cortes de verbas.

Felipe Annunziata | Redação


INTERNACIONAL – Desde o último sábado (18/10), mais de 7 milhões de pessoas foram às ruas de mais de 2600 cidades em todos os estados dos EUA. A mobilização foi contra o governo do fascista Donald Trump, que nos últimos 10 meses tem tomado medidas autoritárias para restringir direitos de imigrantes e da população de estados que não votam no seu partido.

A mobilização ganhou tração após os sucessivos cortes de verbas nos poucos programas sociais que existem nos EUA (país onde não existe saúde pública e sistema de seguridade social universais). Junto a isto, Trump transformou o órgão de fiscalização da imigração e da alfândega em polícia política.

O chamado ICE (immigration and Customs Enforcement, Agência de Imigração e Alfândega na sigla em inglês) persegue pessoas latinas nas ruas por suspeitarem serem “imigrantes não documentados”. Nas fábricas, lojas e no campo, trabalhadores que falem espanhol correm risco de serem presos ou deportados.

Protesto em São Francisco e Nova Iorque

Para combater os protestos, Trump aposta ainda mais no autoritarismo, decidiu enviar militares aos estados e cidades de maioria oposicionista. Sob o argumento de “combater o crime”, o presidente dos EUA já colocou militares em mais de uma dezena de cidades.

Ontem (23/10), milhares de pessoas saíram às ruas de São Francisco, no estado da Califórnia, para protestar contra o envio de tropas federais e o aumento da repressão do ICE.

A solidariedade entre os trabalhadores imigrantes e estadunidenses é o que tem evitado as prisões e deportações arbitrárias.

Em Nova Iorque, no último dia 21/10, trabalhadores enfrentaram no meio da rua agentes do ICE enquanto os agentes da polícia de Trump tentavam sequestrar pessoas. Episódios como esse tem ocorrido por várias cidades estadunidenses.

Trabalhadores em luta

Apesar de organizações ligadas ao Partido Democrata (também de direita) tentarem disputar a direção das mobilizações. A realidade é cada vez mais trabalhadores sem organização ou organizados em sindicatos, partidos de esquerda e outros movimentos sociais tem tomado às ruas nos últimos meses nos EUA.

Os EUA vive há 250 anos de um regime que garante direitos civis limitados à maioria da população, mas a grande mídia vende aquele país como a “terra da democracia”. Mas na realidade é que os partidos da ordem alteram as regras eleitorais para impedir que segmentos dos trabalhadores possam exercer influência determinante nas eleições.

Os protestos tem sido chamados de “No Kings”, ou “Sem Reis”, o que mostra a disputa presente no atual momento. Embora para os partidários dos Democratas esta palavra de ordem signifique a defesa da manutenção do regime “democrático” atual dos EUA, para milhões de pessoas significa a luta antifascista.

Cresce no centro do imperialismo a indignação contra a sustentação das guerras de extermínio, como ocorre em Gaza, a perseguição aos trabalhadores imigrantes e o ataque aos poucos direitos dos trabalhadores estadunidenses. Este também é um resultado da ampliação das mobilizações dos povos do mundo, que tem se levantado contra os ataques da burguesia, dos fascistas e do imperialismo.

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