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segunda-feira, 3 de novembro de 2025

Prisioneiras políticas fazem greve de fome no Paraguai

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Desde 28 de outubro, Carmen Villalba, Laura Villalba e Fracisca Andino estão fazendo greve de fome na Penitenciária De Segurança Máxima de Minga Guazú, conhecida como “Guantánamo do Paraguai”. Elas pedem pelo fim das torturas que estão sofrendo na prisão, onde estão numa solitária em um presídio para homens.

Nana Sanches | Porto Alegre – RS


INTERNACIONAL – A família Villalba é conhecida por ser formada por lutadores sociais do campo e tem sofrido uma sistemática perseguição do Estado Paraguaio desde 2012, após uma ação violenta de reintegração de posse, comandada por latifundiários. 

Presas injustamente pelo governo do país, as militantes tem denunciado a repressão política nos últimos anos. Em 2024, a Unidade Popular conduziu uma campanha de solidariedade para denunciar os desaparecimentos forçados e as prisões arbitrárias no Paraguai.

Família Villalba perseguida pelo governo paraguaio

Carmen Villalba foi presa em 2002 por suas atividades no Partido Pátria Livre. Ela já cumpriu sua pena, mas segue presa. Ela é irmã de Myrian Villalba (veja Jorna A Verdade , mãe de Lilian Villalba, que em 2020, foi fuzilada junto com sua prima, María Carmen, filha de Laura Villalba. Elas tinham 11 anos. 

Laura Villalba foi sentenciada a 31 anos de prisão sob a alegação de abandono da filha, enquanto os assassinos de suas filhas Lilian e Maria Carmen seguem impunes. Não há sequer uma investigação para apurar os assassinatos das meninas Villalba. Carmen Villalba é mãe de Lichita Villalba. Em 2020, Lichita foi sequestrada e está desaparecida desde então. 

Em 2022, Osvaldo Villalba, irmão de Carmen e Laura e dirigente do Exército do Povo Paraguaio foi assassinado. Tal Exército é uma organização marxista-leninista que teve início em 2008 e nasceu com o objetivo de lutar pela soberania do povo daquele país. Atualmente, a família Villalba está exilada na Venezuela e busca apoio internacional para libertar suas irmãs e encontrar Lichita. 

Os crimes cometidos pelo Estado Paraguaio são condenados por diversas organizações internacionais. O infanticídio e desaparecimento de uma jovem não podem ser naturalizados em nenhum contexto. Nos somamos à luta da família Villalba que, apesar de toda repressão, segue resistindo por um mundo sem latifúndios nem latifundiários.

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