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quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Trabalhadores do Mix Mateus em Recife paralisam contra a escala 6×1

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Após coleta de denúncias, panfletagem e brigadas do Jornal, o Mix Mateus Santo Amaro paralisou sua atividade por 1 hora e meia para lutar contra a escala 6×1.

Evelyn Dionízio | Redação PE


 

TRABALHADOR UNIDO- No dia 02 de dezembro, dia nacional de luta contra a escala 6×1 tocada pelo Movimento Luta de Classes e pela Unidade Popular, os trabalhadores do Mix Mateus Santo Amaro paralisam suas atividades durante 1h30. Após semanas de mobilização com brigadas do Jornal A Verdade, panfletagem e conversas com contatos recolhidos, obtiveram vitória ao realizar greve na luta por uma escala de trabalho mais justa, por melhores condições de trabalho e pelo aumento dos salários.

No dia houve intimidação de gerentes, filmando os trabalhadores que pudessem se unir à luta grevista na parte de fora do mercado. Três viaturas da Polícia Militar também estiveram no local para “acompanhar a movimentação”. Com a mobilização a partir das brigadas do Jornal, foi possível recolher diversas denúncias de assédio moral e sexual encobertos dentro do ambiente de trabalho, além de reivindicações quanto ao fim do desvio de função e limitação do uso do refeitório.

“Sem contar que início de mês eles sobrecarregam os operadores de caixa, obrigando a ficarem operando o caixa mais de 6hrs sem intervalo, muitos operadores passam mal com fome, pressão baixa e privados de irem no banheiro pois não tem quem faça a rendição a demora é [sic] de quase 1hrs após o solicitado.”, relatou Isabele Fabiola.

Enquanto isso, o Grupo Mateus continua lucrando sob risco de perdas milionárias de investimentos por “erros contábeis”. Por isso, os trabalhadores que dependem do emprego para sustentar suas famílias vivem o dia a dia com medo da demissão, principalmente após o anúncio da fusão com a rede Atacarejo.

“Fui trabalhadora da escala 6×1 e sei o que passam as operadoras de caixa, função que ocupei durante muitos anos, função essa que nos explora e nos adoece. Porque quando é na hora de fechar o caixa do dia a gente tem medo que falte dinheiro porque se faltar vai ser descontado do nosso salário de fome.”, relata Camila Falcão, do Movimento de Mulheres Olga Benario. Rafael Freire, da redação do Jornal A Verdade, complementa que “que a luta da classe trabalhadora pela redução da jornada de trabalho vai nos acompanhar enquanto existir o sistema capitalista porque é justamente colocando o trabalhador pra trabalhar mais horas, colocando o trabalhador pra produzir mais, que aumenta o lucro do patrão”.

A paralisação de 1h30 do Mix Mateus provou que só a luta unida do povo trabalhador pode alcançar uma mudança no sistema de exploração que vivemos. Apenas com greves organizadas podemos arrancar de uma vez por todas o fim da escala 6×1, a diminuição da jornada sem redução dos salários e aumento do salário mínimo, além de melhores condições de trabalho, o básico para a classe responsável por gerar toda a riqueza do país.

 

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