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sábado, 23 de novembro de 2024

Assembleia Geral da ONU volta a exigir o fim do embargo a Cuba

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GA Votes On Cuba EmbargoEm votação realizada no último dia 28 de outubro, a Assembleia Geral da ONU condenou por maioria absoluta e pela 23ª vez consecutiva o criminoso bloqueio econômico, financeiro e comercial imposto pelos EUA a Cuba. Dos 193 países presentes, 188 votaram pelo fim do embargo, três se abstiveram (Palau, Ilhas Mashall e Micronésia) e apenas Estados Unidos e Israel foram a favor da manutenção do bloqueio promulgado em 1960, após a Revolução Cubana decidir pela nacionalização das propriedades pertencentes às multinacionais norte-americanos na ilha.

Apesar do cumprimento das resoluções da Assembleia Geral não ser obrigatório, a votação fortalece a solidariedade internacional a Cuba e aprofunda o isolamento político dos Estados Unidos nessa questão. De fato, desde a primeira votação, em 1992, quando 59 países votaram a favor do desbloqueio, três contra e 71 se abstiveram, o repúdio ao bloqueio só aumenta.

Em seu discurso, o ministro das relações exteriores de Cuba, Bruno Rodriguez, denunciou o sofrimento causado pelo bloqueio ao povo cubano e afirmou que a medida é responsável por um prejuízo de mais de 1 trilhão de dólares desde que foi implantada. “São já 77% os cubanos que nasceram sob estas circunstâncias. O sofrimento de nossas famílias não pode ser contabilizado”, disse o diplomata cubano. “Convidamos o governo dos Estados Unidos a uma relação mutuamente respeitosa, sobre bases recíprocas, baseada na igualdade soberana, nos princípios do Direito Internacional e na Carta das Nações Unidas. Cuba nunca renunciará a sua soberania, nem o caminho livremente escolhido por seu povo para construir um socialismo mais justo e eficiente, próspero e sustentável”, concluiu Rodriguez.

Já o representante estadunidense, Ronald Godard, insistiu na manutenção das medidas contra a ilha caribenha e afirmou com todas as letras que “a economia de Cuba não se desenvolverá até que não abra seus monopólios à concorrência privada”.

Apesar de o atual governo norte-americano ter modificado algumas de suas políticas em relação a Cuba, no setor financeiro o embargo se endureceu. Desde 2009, multas de mais de dois bilhões de dólares são impostas a empresas e pessoas de outros países que têm negócios com Cuba. Além disso, o país também não pode exportar ou importar produtos e serviços dos EUA, nem utilizar o dólar norte-americano em negócios internacionais ou possuir contas com essa moeda em bancos de outros países.

Logo, fica claro que não é pela democracia, nem pela liberdade, que os EUA insistem no bloqueio contra Cuba, mas para garantir aos grandes monopólios capitalistas a possibilidade de voltar a explorar as riquezas e a força de trabalho do povo cubano.

Da Redação

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