Na última sexta-feira, 09/09, a União da Juventude Rebelião e a Unidade Popular pelo Socialismo realizaram um debate com a professora, ex-senadora e vereadora de Belém, Marinor Brito. Mais de 30 estudantes de escolas estaduais, do ensino técnico e de universidades participaram do debate, que aconteceu no auditório do Comitê de Apoio de Marinor Brito, que é candidata à reeleição pelo PSOL.
Júnior Palheta, representando a UJR, abriu o debate, expondo as condições a que vêm sendo submetida a juventude brasileira nos últimos anos. Cortes bilionários consecutivos no orçamento da Educação, desde 2012; Lei Antiterrorismo, aprovada por Dilma Rousseff este ano; além dos acordos para aplicar o ajuste fiscal exigido pela burguesia, fizeram com que o governo se isolasse ainda mais. Contudo, em nada se justifica o golpe palaciano dado por Michel Temer e pelo Congresso Nacional para subir à presidência da república, um mercenário que ofereceu seus serviços aos banqueiros para acelerar o desmonte do patrimônio público e reprimir ainda mais a juventude e a classe trabalhadora brasileira.
Em seguida, Marinor Brito iniciou sua fala enfatizando a necessidade de mais jovens debaterem política, seja num grêmio estudantil ou num sindicato. Fez um resgate histórico de sua luta e de outros camaradas que, quando jovens, lutaram nas duras condições da ditadura militar, se reunindo nos porões de igrejas, porém lutando com muita garra pela volta do regime democrático. Defendeu a necessidade da ruptura com o sistema capitalista, que usurpa os sonhos da juventude, fazendo-a, cada dia mais, morrer pelas balas, seja da polícia ou do tráfico. Contudo, enfatizou a importância de, enquanto não se chega às condições da transformação radical, não abrirmos mão dos poucos espaços públicos que podem ser ocupados pelos lutadores do povo, como um mandato de prefeito ou de vereadora, pois, dali, pode-se chamar a população a desmascarar muitos mercenários que ocupam esses cargos, além de se legislar em benefício dos interesses da população trabalhadora.
Representando a UP, a companheira universitária Raquel Brício falou da importância de realizarmos, ininterruptamente, debates políticos com a população, em especial com a juventude nas escolas e universidades e com o povo trabalhador nos bairros pobres de nossa região. Lembrou da importância de, após 12 anos de governos municipais omissos em Belém, no qual se revezaram PTB e PSDB na prática do abandono da capital do Pará, eleger uma candidatura popular à prefeitura municipal, representada pelo nome do professor e deputado federal, Edmilson Rodrigues, do PSOL. Ao final de sua fala, ratificou a necessidade de se construir organizações políticas que representem os interesses do povo e combatam os interesses das elites, convocando a juventude a contribuir com a obtenção das 500 mil assinaturas para legalização da Unidade Popular pelo Socialismo.
Ao final do debate, todos e todas saíram confiantes da importância de se construir, mais ainda, a luta da juventude, seja nas entidades estudantis, seja nos atos pelo Fora Temer ou pelo Passe-Livre. O apoio às campanhas de Marinor Brito e Edmilson Rodrigues, para derrotar o abandono e o fascismo representados pelos candidatos Zenaldo Coutinho, do PSDB, e pelo delegado Éder Mauro, do PSD, foram decisões tomadas pelo conjunto da militância presente no evento. Pelo caminho da participação popular está sendo construído um novo projeto para Belém, no qual a juventude não será criminalizada, mas, pelo contrário, será integrada à vida da cidade por meio da educação, da cultura e do esporte.
Matheus Tavares Nascimento, estudante da UFPA e militante do PCR
Parabéns juventude pela atitude. É observando os acontecimentos, tomando conhecimento das situações e realizando intervenções é que se muda o mundo.