No dia 21 de agosto, a Unidade Popular (UP) conseguiu o mínimo de apoiamentos no Estado de Pernambuco. Esta vitória só foi possível graças a centenas de militantes que no dia a dia vêm se esforçando para construir este partido que defende os interesses da classe trabalhadora e luta pela implantação do socialismo em nosso país. Os apoiamentos foram feitas principalmente nas cidades de Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe, Carpina, São Lourenço, Paulista, Caruaru e Petrolina. A tendência é que o Estado da Paraíba seja o próximo a conseguir o mínimo de apoiamentos.
Segundo a resolução do TSE, para o registro da UP no Tribunal Superior Eleitoral, serão necessários os registros de direções estaduais em pelo menos nove estados e suas respectivas certidões expedidas pelos Tribunais Regionais Eleitorais, além de outros documentos previstos.
Com a determinação da militância, a UP será uma realidade em breve no Brasil. No fim de agosto já estávamos com cerca de 8.000 fichas aguardando análise no Sistema de Apoiamento a Partido em Formação (SAPF) nos estados de SP, MG, PE, CE, MA PB, RN e PI, totalizando cerca de 30 mil fichas, sendo que já temos 6.865 aptas. A campanha de coleta de assinaturas precisa ser intensificada nos próximos meses, pois só temos até outubro de 2018 para colocar, no mínimo, 486.679 fichas de apoiamento aptas no SAPF.
A conjuntura atual ajuda a mostrar ao povo a necessidade de buscar uma alternativa partidária, pois está claro que a maioria dos deputados, prefeitos, governadores e o governo golpista de Michel Temer estão a serviço da classe capitalista, haja visto que, segundo o capitalista Joesley Batista, dono da JBS, entre os anos de 2006 a 2014, ele doou dinheiro legal ou não a pelos menos 28 partidos no Brasil. Cabe ressaltar que hoje existem 35 partidos registrados e 25 com representação na Câmara Federal. Assim se só um capitalista tem 28 partidos a sua disposição, é importante que a classe trabalhadora tenha o seu partido também.
A UP luta contra a classe capitalista e defende: I) Fim da espoliação imperialista sobre a economia nacional, pondo fim às remessas de lucros, dividendos, pagamento de royalties e pagamentos da dívida externa; II) Julgamento, prisão e confisco dos bens de todos os corruptos; III) Controle social de todos os monopólios e consórcios capitalistas e dos meios de produção nos setores estratégicos da economia; IV) Planificação da economia para atender às necessidades da população e acabar com as desigualdades regionais e sociais; V) Nacionalização do sistema bancário e controle popular do sistema financeiro; VI) Reestatização das estatais privatizadas; VI) Revisão das concessões dos portos, aeroportos e estradas brasileiras entregues as empresas privadas; VII) Eleição de juízes e tribunais para o poder judiciário, entre outras medidas populares.
Hinamar Medeiros