UM JORNAL DOS TRABALHADORES NA LUTA PELO SOCIALISMO

sábado, 23 de novembro de 2024

Famílias realizam homenagem a Mércia Albuquerque

Outros Artigos

No dia 24 de agosto, aconteceu uma homenagem a Mércia Albuquerque no condomínio, fruto de uma ocupação do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas, e que recebe o seu nome. Situado em Jaboatão dos Guararapes, o Condomínio Mércia Albuquerque abriga hoje 256 famílias, que conquistaram sua moradia graças à luta e organização junto ao MLB.

Além da participação dos moradores, o evento, que fez parte da programação do Mês da Anistia, contou com a presença de convidados ilustres, como Amparo Araújo, do Comitê Memória, Verdade e Justiça de Pernambuco, Marcelo Santa Cruz, da Comissão de Paz e Justiça, Enildo, professor do IFPE e representante da organização do Grito do Excluídos, e Serginaldo Santos, coordenador nacional do MLB.

Todos saíram convencidos de ser seu exemplo de luta e resistência em defesa dos direitos dos trabalhadores e da democracia, finalizando com apresentações culturais e o descerramento de uma placa com seu nome.

Quem foi Mércia Albuquerque

Nascida em 1935, Mércia Albuquerque foi uma importante militante e lutadora dos direitos humanos durante a ditadura militar. Formada na Faculdade de Direito de Recife em 1961, iniciou sua luta política após presenciar a tortura pública de Gregório Bezerra, arrastado por um carro do Exército, sob o comando do coronel Villocq, na Praça de Casa Forte, em 2 de abril de 1964.

Mércia dedicou sua vida à defesa dos presos políticos, advogando em mais de 500 casos, muitas vezes sem cobrar nada. Participou da formação de uma rede de advogados para defender sindicalista, trabalhadores rurais, estudantes, militantes partidários de esquerda, lideranças dos movimentos sociais e familiares de presos políticos. Sua atuação era tão marcante que foi perseguida e presa 12 vezes pela polícia, numa tentativa de intimidá-la. Mas Mércia permaneceu firme na luta e advogando para todo militante perseguido, independente de sua organização política.

Depois de ter resistido bravamente, faleceu em 2003 aos 68 anos de idade, vitima de um câncer, porém seu exemplo permanecerá para sempre na memória dos lutadores e lutadoras do amanhã socialista.

Encontramos uma maneira de homenageá-la batizando com o seu nome nosso condomínio, conquistado através de muita luta, além de seguir a luta pelo o direito à memória, verdade e justiça.

Davi Lira, militante do MLB Pernambuco

Conheça os livros das edições Manoel Lisboa

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Matérias recentes