No último dia 19 de outubro, realizou-se, na Câmara Municipal de Natal, uma solenidade em homenagem aos 100 anos da Revolução Socialista Russa. O evento foi proposto e organizado pelo vereador Fernando Lucena (PT).
O plenário e a galeria da Câmara ficaram lotados de sindicalistas, estudantes, militantes dos movimentos populares e de diversas organizações de esquerda. A abertura da solenidade contou com a apresentação do coral da Escola de Música da UFRN, que cantou A Internacional. Em seguida, foram convidados para compor a mesa PCR, PCdoB, PCB, MST, PCML e PT. Todos afirmaram o papel histórico e universal da Revolução Russa e a atualidade de seus ensinamentos.
Representando o PCR, Alex Feitosa destacou que “a burguesia promove uma campanha de calúnias contra a Revolução Russa e o Estado Soviético porque, pela primeira vez na história da humanidade, a classe operária e os camponeses pobres tomaram o poder político e expropriaram os expropriadores. Esse é o exemplo que deve ser seguido por aqueles que lutam pelo socialismo. E este exemplo é mais que atual porque a luta de classes está cada vez mais intensa com o desemprego, a fome e as guerras no mundo”.
O professor Juliano Siqueira, representando o PCML, fez uma breve exposição da importância da Revolução Russa e destacou que, diante desta conjuntura adversa, é necessário debater em profundidade a tática e a estratégia da revolução brasileira.
Em seguida, os partidos presentes foram homenageados com uma medalha soviética entregue por Fernando Lucena e pela também vereadora do PT Natália Bonavides. Sem dúvida, o evento foi importante, ainda mais porque se realizou dentro de uma Casa Legislativa que tem servido aos interesses das elites potiguares, mas que, neste dia, se vestiu de vermelho com os símbolos da aliança operário-camponesa, com o hino comunista e o conteúdo proletário. Apesar das diferentes posições ideológicas ali representadas, a força e a profundidade da Revolução Russa, seu exemplo como único caminho para a libertação da classe trabalhadora, não podem ser refutadas.
Redação RN