A Reforma da Previdência de Jair Bolsonaro (PSL) é mais um ataque direto aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil. A proposta encaminhada para o Congresso Nacional, com promessas de passar a toque de caixa, traz mudanças que o governo golpista de Temer tentou aprovar, sendo derrotado pela Greve Geral de 28 abril de 2017. Caso a proposta seja aprovada, os trabalhadores brasileiros não conseguirão se aposentar!
Apesar de Bolsonaro e seus filhos terem criticado a proposta de Temer, há menos de dois anos, agora tudo mudou. O governo dos banqueiros e dos generais reafirmou seu compromisso em tirar direitos dos trabalhadores e, num claro ato de hipocrisia, agora defende a contribuição à Previdência por 40 anos para que os trabalhadores possam se aposentar com salário integral. E mais: acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição, impondo uma idade mínima para se aposentar de 62 anos para mulheres e de 65 anos para homens.
Lembrando que outros direitos, como salário maternidade e auxílio-doença, também estão ameaçados.
O que, de fato, este governo defende é o fim da Previdência Social, criando o sistema de capitalização, exatamente como a Ditadura Militar chilena fez. Por esta lógica, os trabalhadores contribuirão com 10% do seu salário para um fundo individual gerenciado pelos bancos. Toda a contribuição ficará sobre a responsabilidade do trabalhador, acabando com a contribuição patronal para a Previdência. Quando atingir as condições exigidas para se aposentar, o trabalhador receberá o que “investiu”.
O resultado é que no Chile, onde isso já é praticado, a maioria dos trabalhadores recebe apenas 70% do salário mínimo. Se no Brasil fosse assim hoje, o aposentado receberia R$ 698,00 por mês! Como comprar os remédios? Comprar comida? Pagar o aluguel? Pagar as contas? Pois é isso que nos acontecerá se a proposta de Bolsonaro e dos banqueiros for aprovada!
Além disso, a Medida Provisória 871/19 já dificulta o acesso à aposentadoria aos trabalhadores rurais, dificulta o acesso à pensão por morte e ao BPC (Benefício de Prestação Continuada), entre outras medidas. O que o governo quer fazer é entregar a Previdência pública para os bancos privados. Isso é tirar dos pobres e dar aos ricos. Não podemos aceitar!
Em 2017, 40 milhões de trabalhadores e trabalhadoras foram às ruas para derrotar a Reforma da Previdência na maior Greve Geral da história de nosso país. Isso precisa se repetir. O dia 22 de março é a primeira grande mobilização nacional para barrar este absurdo e é necessário paralisar os trabalhos e ocupar as ruas para protestar contra mais essa retirada de direitos.
Participe das mobilizações de 22 de março. Vamos construir uma nova Greve Geral para derrotar a Reforma da Previdência dos banqueiros!
Brasil, 21 de março de 2019
Unidade Popular (UP)
Movimento Luta de Classes (MLC)