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sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Em Goiás, manifestantes gritam “Ditadura nunca mais!”

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Sob a palavra de ordem “Ditadura nunca mais, democracia sim!”, centenas de manifestantes ocuparam, no final da tarde de 1º de abril, as ruas de Goiânia em memória daqueles e daquelas que deram suas vidas na luta contra a ditadura militar e em resposta à declaração do presidente fascista, Jair Bolsonaro (PSL), de que se fizessem “devidas comemorações” ao golpe de 1964, que resultou em 21 anos de ditadura no país.

A manifestação, convocada pela ANIGO – Associação dos Anistiados Políticos e pela Comissão de Direitos Humanos e Liberdade de Imprensa do Sindicato dos(as) Jornalistas Profissionais no Estado de Goiás, contou com apoio de centrais sindicais, partidos políticos, movimentos estudantis e populares e foi marcada pela participação de militantes das antigas gerações que viveram a luta contra a ditadura, como também com a presença de militantes das novas gerações. Os manifestantes se concentraram na Catedral Metropolitana de Goiânia e depois saíram em passeata pelas ruas do Centro de Goiânia até o Monumento em Memória dos Mortos e Desaparecidos Políticos no Estado de Goiás.

Durante o percurso, diversos manifestantes lembraram a história e a luta dos mortos e desaparecidos políticos, vítimas da ditadura militar em Goiás: Arno Preis, Cassemiro Luís de Freitas, Divino Ferreira de Souza, Durvalino de Souza, Honestino Monteiro Guimarães, Ismael Silva de Jesus, James Allen Luz, Jeová de Assis, José Porfírio de Souza, Márcio Beck Machado, Marcos Antônio Batista, Maria Augusta Thomaz, Ornalino Cândido, Paulo de Tarso Celestino e Rui Vieira Bebert.

O encerramento do ato, coordenado por Laurenice Noleto (Nonô), do Sindicato dos Jornalistas de Goiás, contou com falações de representantes da UJR, Correnteza, Movimento de Mulheres Olga Benario, Unidade Popular, PT, PCdoB, PSOL, PCO, além de várias lideranças que foram vítimas durante o regime ditatorial, a exemplo do jornalista Pinheiro Sales, preso e torturado durante nove anos nos cárceres da ditadura militar, e também de Reinaldo de Assis Pantaleão, na época, militante do movimento estudantil expulso da universidade. Durante sua fala, Pantaleão afirmou: “Vamos resgatar a luta pela revisão da Lei da Anistia para punição dos golpistas, torturadores e assassinos que continuam em cargos de prefeituras, estados e do governo federal. A luta continua. Ditadura nunca mais!”.

 João Correia, estudante de Jornalismo da PUC-GO

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