Thiago Santos
Presidente da Unidade Popular pelo Socialismo em Pernambuco
Dois homens visivelmente armados e à paisana bateram à porta da minha casa na noite de hoje.
Perguntaram por Ludmila, minha esposa, a presidente do Sindicato dos Enfermeiros de Pernambuco.
Perguntei quem eram e se apresentaram como sendo policiais civis. Um deles exibiu rapidamente uma suposta identidade funcional de modo que não me permitiu ver o nome. E saíram.
Entraram num carro gol branco e ficaram estacionados na esquina da rua onde moramos.
Um segundo carro entrou no condomínio e, como foi identificado pelo porteiro como carro estranho, o síndico o abordou. Nesse segundo carro havia uma mulher e um homem. Se apresentaram como polícia e só após insistência exibiram, rapidamente uma suposta identidade funcional. Exibindo armas, disseram que queriam falar com Ludmila. Ao serem informados pro síndico que Ludmila não estava em casa e que eu também havia saído, eles disseram que iriam até nossa casa e queriam que o síndico permitisse o acesso ao bloco. O síndico pediu que de retirassem e eles estão intimidado as pessoas na porta do condomínio.
Ludmila encontra-se em local seguro. Eu também estou em local protegido.
Denunciamos esse método de intimidação e de uso de pessoas armadas a noite na porta da cada da presidente do sindicato para intimidar as pessoas.
Os enfermeiros estão na linha de frente do combate ao corona vírus.
Os servidores não podem atender pessoas sem máscara, luvas, touca, óculos, sob pena de serem multiplicadores da doença. Colocando em risco a vida da população.
Os enfermeiros, com apoio do sindicato apenas se recusam a atender pessoas sem os equipamentos necessários.
No lugar de mandar policiais ou milicianos ameaçarem os lutadores sociais, o governo precisa fornecer os equipamentos para os enfermeiros trabalharem.
Qualquer ameaça a integridade física ou a vida da presidente do Sindicato dos Enfermeiros é responsabilidade do governo do estado.