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segunda-feira, 25 de novembro de 2024

A luta da classe trabalhadora na pandemia de Covid-19

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Por Nivaldo Mota, Alagoas

BRASIL – Diante da crise do capitalismo, sistema econômico que vive do lucro advindo da força de trabalho de milhões de brasileiros e brasileiras, que produzem tudo e não fica com nada, em momentos como este, é acentuado ao seu dia a dia o problema da pandemia de Covid-19, além do governo fascista instalado no poder central do país.

Informa o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), que o CAGED, órgão ligado a Secretaria do Trabalho, deixou de informar em 30 de março de 2020, quantos brasileiros perderam seus postos de trabalhos neste período em que o vírus assola o país, combinado com as políticas governamentais que estimula apenas o trabalho informal, sem carteira assinada, beneficiando os grandes pesos pesados da indústria nacional.

Mesmo assim, através de pesquisas sérias em órgãos da imprensa, sindicatos e via internet, o DIEESE conseguiu levantar números assustadores para a classe laboral, só em abril deste ano, mais 239.534 trabalhadores perderam postos de trabalhos, fora a quantidade escandalosa que já não tinham empregos, perdidos de 2015 para cá, somando a estratosférica marca de mais de 20 milhões de pessoas.

Desde a crise do capitalismo mundial, passando em nosso país, com medidas aprovadas pelo Congresso Nacional, no governo do golpista Michel Temer, quando foi aprovada a famigerada reforma trabalhista, os trabalhadores vem perdendo postos de trabalhos em grandes levas. Os capitalistas em sua sede por mais lucros, praticamente institucionalizaram em quase todos os ramos de emprego a informalidade. Lembremos aqui, que a tal Reforma Trabalhista visava enfraquecer os sindicatos e a Justiça do Trabalho.

Como este governo fascista, do ricaço Bolsonaro, aliado dos grandes capitalistas, tendo como Ministro da Economia uma pessoa como Paulo Guedes, aliado número um do rentismo parasitário, a crise e a falta de perspectiva para a classe trabalhadora somente se aprofunda em nosso país. Em 2019 este governo miliciano/fascista, passou mais de um trilhão de reais para o setor financeiro, para os banqueiros, para pagar uma dívida interna imoral e ilegal!

Destes mais de 239 mil desempregados somente em abril, cerca de 165 mil foram em Santa Catarina nas suas indústrias, dados repassados pela própria Federação das Indústrias daquele estado. Os outros mais de 74 mil postos de trabalhos perdidos foram na indústria calçadista, 32%, na indústria metalúrgica, cerca de 18%, comércio 10,34%, petroleiro 1,7% e 2,3% em outros postos de trabalho.

O Sudeste foi à região quem mais perdeu postos de trabalho, em torno de 60% e o Estado de São Paulo com 28,6% a mais de desempregados. Todavia, outras notícias comprovam que neste governo fascista, de 2019 para cá, mais 3,81 milhões de brasileiros perderam empregos.

Neste período de pandemia, o sindicato vem atuando com mais força para resguardar o direito da classe trabalhadora sobre os efeitos da pandemia do coronavírus e dos efeitos da crise do capitalismo. Informa-nos no último boletim do DIEESE, que neste momento crucial da vida de cada um de nós, os sindicatos vêm realizando acordos e Convenções Coletivas de Trabalho (CCT), com a mediação da Justiça do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho, aonde garantiu neste momento segurar 4,1 milhão postos de trabalho.

Mas somente isso não bastará, temos que continuar alertas, a classe patronal e política deste país, reza na cartilha do ultra liberalismo, pode ser que de forma sazonal se coloquem contra este governo no aspecto da política por ele desenvolvida, mas temos a clareza que eles se alinham com suas medidas econômicas.

Para superarmos esta crise, tanto pandêmica, quanto da crise estrutural do próprio capitalismo, teríamos que começar com a taxação das grandes fortunas, com o fim do pagamento desta dívida interna, divida imoral. Os tais 600 reais pagos aos trabalhadores neste momento podiam ser mais de quatro mil reais. Nunca é demais lembrar, que o salário mínimo proposto pelo mesmo DIEESE, para uma família com quatro pessoas viver com dignidade seria na casa dos R$ 4.342,00, como nos mostra uma nota técnica deste instituto em nove de janeiro deste corrente ano.

Por isso a palavra de ordem neste momento, de forma assertiva é o FORA BOLSONARO! Somente um governo revolucionário e popular pode resgatar o emprego e dar as melhores condições de vida para o povo!

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