Em carta aberta assinada por nomes como padre Júlio Lancellotti, dom Mauro Morelli, Leonardo Boff e Chico Buarque, religiosos e intelectuais denunciam gestão desastrosa da pandemia e pedem providências da ONU contra Bolsonaro.
Por Heron Barroso | Redação Rio
BRASIL – Dezenas de líderes religiosos e intelectuais brasileiros divulgaram neste sábado (6) uma “Carta Aberta à Humanidade” onde afirmam que “brasileiras e brasileiros comprometidos com a vida estão reféns do genocida Jair Bolsonaro, que ocupa a presidência do Brasil, junto a uma gangue de fanáticos movidos pela irracionalidade fascista”.
Para eles, Bolsonaro “nega a ciência, a vida, a proteção ao meio-ambiente e a compaixão. O ódio ao outro é sua razão no exercício do poder”.
O Brasil chegou a 264.446 mortes e 10.939.320 de casos do novo coronavírus desde o início da pandemia. Somente na última semana, 10 mil brasileiros morreram pela doença. Um verdadeiro genocídio!
Apesar disso, o fascista Jair Bolsonaro segue zombando da dor e do luto de milhares de famílias. Sobre o aumento de mortes pela Covid-19, o ex-capitão disse: “Chega de frescura e de mimimi. Vão ficar chorando até quando?”.
Enquanto Bolsonaro só se preocupa em proteger seus esquemas de corrupção e livrar seus filhos das acusações de envolvimento com as milícias, o povo brasileiro sofre com o colapso da rede pública de saúde, com a falta de leitos de UTI’s, de oxigênio e vacinas.
Entre as personalidades que assinam o manifesto estão o padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo de Rua, dom Mauro Morelli, bispo emérito de Duque de Caxias (RJ), o teólogo Leonardo Boff e Chico Buarque, entre outros religiosos, artistas e intelectuais.
“Assistimos horrorizados ao extermínio sistemático de nossa população, sobretudo dos pobres, quilombolas e indígenas. (…) O monstruoso governo genocida de Bolsonaro deixou de ser apenas uma ameaça para o Brasil para se tornar uma ameaça global”, afirmam.
A carta apela para que instituições nacionais e internacionais, como a ONU, tomem providências: “Pedimos urgência ao Tribunal Penal Internacional (TPI) na condenação da política genocida desse governo que ameaça a civilização”.
LEIA A ÍNTEGRA DA CARTA:
“Vivemos tempos sombrios, onde as piores pessoas perderam o medo e as melhores perderam a esperança” (Hanna Arendt)
O Brasil grita por socorro.
Brasileiras e brasileiros comprometidos com a vida estão reféns do genocida Jair Bolsonaro, que ocupa a presidência do Brasil, junto a uma gangue de fanáticos movidos pela irracionalidade fascista.
Esse homem sem humanidade nega a ciência, a vida, a proteção ao meio-ambiente e a compaixão. O ódio ao outro é sua razão no exercício do poder.
O Brasil hoje sofre com o intencional colapso do sistema de saúde. O descaso com a vacinação e as medidas básicas de prevenção, o estímulo à aglomeração e à quebra do confinamento, aliados à total ausência de uma política sanitária, criam o ambiente ideal para novas mutações do vírus e colocam em risco toda a humanidade. Assistimos horrorizados ao extermínio sistemático de nossa população, sobretudo dos pobres, quilombolas e indígenas.
Nos tornamos uma “câmara de gás” a céu aberto.
O monstruoso governo genocida de Bolsonaro deixou de ser apenas uma ameaça para o Brasil para se tornar uma ameaça global.
Apelamos às instâncias nacionais – STF, OAB, Congresso Nacional, CNBB – e às Nações Unidas. Pedimos urgência ao Tribunal Penal Internacional (TPI) na condenação da política genocida desse governo que ameaça a civilização.
Vida acima de tudo!