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sexta-feira, 22 de novembro de 2024

“Brasil é uma câmara de gás a céu aberto”

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GENOCÍDIO. Descaso do governo Bolsonaro já levou à morte mais de 264 mil brasileiros por Covid-19 (Foto: Werther Santana/Estadão)

Em carta aberta assinada por nomes como padre Júlio Lancellotti, dom Mauro Morelli, Leonardo Boff e Chico Buarque, religiosos e intelectuais denunciam gestão desastrosa da pandemia e pedem providências da ONU contra Bolsonaro.

Por Heron Barroso | Redação Rio


BRASIL – Dezenas de líderes religiosos e intelectuais brasileiros divulgaram neste sábado (6) uma “Carta Aberta à Humanidade” onde afirmam que “brasileiras e brasileiros comprometidos com a vida estão reféns do genocida Jair Bolsonaro, que ocupa a presidência do Brasil, junto a uma gangue de fanáticos movidos pela irracionalidade fascista”.

Para eles, Bolsonaro “nega a ciência, a vida, a proteção ao meio-ambiente e a compaixão. O ódio ao outro é sua razão no exercício do poder”.

O Brasil chegou a 264.446 mortes e 10.939.320 de casos do novo coronavírus desde o início da pandemia. Somente na última semana, 10 mil brasileiros morreram pela doença. Um verdadeiro genocídio!

Apesar disso, o fascista Jair Bolsonaro segue zombando da dor e do luto de milhares de famílias. Sobre o aumento de mortes pela Covid-19, o ex-capitão disse: “Chega de frescura e de mimimi. Vão ficar chorando até quando?”. 

Enquanto Bolsonaro só se preocupa em proteger seus esquemas de corrupção e livrar seus filhos das acusações de envolvimento com as milícias, o povo brasileiro sofre com o colapso da rede pública de saúde, com a falta de leitos de UTI’s, de oxigênio e vacinas. 

Bolsonaro nega auxílio emergencial e vacina para o povo (Foto: JAV/Rio)

Entre as personalidades que assinam o manifesto estão o padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo de Rua, dom Mauro Morelli, bispo emérito de Duque de Caxias (RJ), o teólogo Leonardo Boff e Chico Buarque, entre outros religiosos, artistas e intelectuais.

“Assistimos horrorizados ao extermínio sistemático de nossa população, sobretudo dos pobres, quilombolas e indígenas. (…) O monstruoso governo genocida de Bolsonaro deixou de ser apenas uma ameaça para o Brasil para se tornar uma ameaça global”, afirmam. 

A carta apela para que instituições nacionais e internacionais, como a ONU, tomem providências: “Pedimos urgência ao Tribunal Penal Internacional (TPI) na condenação da política genocida desse governo que ameaça a civilização”.

LEIA A ÍNTEGRA DA CARTA:

Vivemos tempos sombrios, onde as piores pessoas perderam o medo e as melhores perderam a esperança” (Hanna Arendt)

O Brasil grita por socorro.

Brasileiras e brasileiros comprometidos com a vida estão reféns do genocida Jair Bolsonaro, que ocupa a presidência do Brasil, junto a uma gangue de fanáticos movidos pela irracionalidade fascista.

Esse homem sem humanidade nega a ciência, a vida, a proteção ao meio-ambiente e a compaixão. O ódio ao outro é sua razão no exercício do poder.

O Brasil hoje sofre com o intencional colapso do sistema de saúde. O descaso com a vacinação e as medidas básicas de prevenção, o estímulo à aglomeração e à quebra do confinamento, aliados à total ausência de uma política sanitária, criam o ambiente ideal para novas mutações do vírus e colocam em risco toda a humanidade. Assistimos horrorizados ao extermínio sistemático de nossa população, sobretudo dos pobres, quilombolas e indígenas.

Nos tornamos uma “câmara de gás” a céu aberto.

O monstruoso governo genocida de Bolsonaro deixou de ser apenas uma ameaça para o Brasil para se tornar uma ameaça global.

Apelamos às instâncias nacionais – STF, OAB, Congresso Nacional, CNBB – e às Nações Unidas. Pedimos urgência ao Tribunal Penal Internacional (TPI) na condenação da política genocida desse governo que ameaça a civilização.

Vida acima de tudo!

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