Por: Beatriz Contelli, Núcleo de Comunicação do MLB São Paulo.
Não é de hoje que o povo trabalhador tem que lutar para sobreviver. Sem a opção de ficar em isolamento social, muitos enfrentam – desde o início da pandemia – os transportes públicos lotados, a diminuição do salário, os ambientes de trabalho informais e sem proteção, tudo para continuar colocando comida na mesa. Faltam leitos nos hospitais públicos, faltam kits de higiene, falta auxílio emergencial, faltam políticas públicas, só não falta descaso.
Envolto por um cenário de incerteza, em que o próprio presidente mente acerca da vacinação, o povo trabalhador é obrigado a encarar o enriquecimento de mega empresas, o fortalecimento do monopólio da indústria farmacoquímica, o descaso com o SUS e a falta de preparo governamental diante de uma doença evitável e controlável.
De interesse da burguesia, lança-se a ideia de que a pandemia é algo fora do conhecimento humano ou mera obra do destino. Mas sabemos que não é. “O capitalismo estava em crise antes da pandemia, aprofundou esta crise agora, mas certamente um núcleo de monopólios capitalistas sairá mais fortalecido disso tudo, aumentando a exploração da classe trabalhadora em escala mundial”, ressalta o jornalista e membro do Diretório Nacional da Unidade Popular, Rafael Freire.
É neste ambiente hostil que o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), junto de outros movimentos sociais comprometidos com a classe trabalhadora, resolveu construir as Brigadas de Solidariedade. Por meio da arrecadação e entrega de cestas básicas com alimentos, produtos de higiene, distribuição de máscaras e álcool em gel para as famílias, o MLB aproveita para denunciar o genocídio do povo pobre, a fome e o desemprego.
Para além de mero assistencialismo, os movimentos entregam exemplares do Jornal A Verdade e escutam as queixas dos moradores, mostrando a cada uma e a cada um que a única e melhor saída para nossa libertação é uma saída popular e revolucionária.
Os movimentos também notam que entre as principais reclamações das famílias é frequente a alta dos preços dos alimentos e do gás de cozinha, o despejo e o aumento do aluguel, que não condiz com a precariedade da estrutura das moradias.
“Muitas das famílias têm somente máscaras de proteção que foram doadas pelas Brigadas ou outras entidades. Álcool em gel, então, nem se fala, não faz parte da realidade da grande maioria do nosso povo”, afirma a militante do MLB, Victória Magalhães, que completa reforçando que tudo está sendo negado ao povo, inclusive o direito básico de se cuidar e de viver.
O que e onde doar para as Brigadas
Para compor as cestas básicas que serão entregues para as famílias, os movimentos aceitam doações de:
- Alimentos não perecíveis, como arroz, feijão, molho, macarrão, farinha, leite, óleo, enlatados, café, sal, açúcar, leite em pó, fubá, biscoitos;
- Itens de higiene, como água sanitária, detergente, sabonete, pasta de dente, papel higiênico, absorventes, fralda infantil;
- Máscaras de proteção e álcool em gel.
Aceitam-se doações em cada uma das cidades onde há pontos fixos de arrecadação:
- Ocupação Manoel Aleixo e Casa de Referência para Mulheres Helenira Preta, em Mauá;
- Centro, Bairro dos Casa, Rudge Ramos e outros bairros de São Bernardo;
- Para doações em outras cidades, entre em contato com as Brigadas ou a coordenação do MLB.
Ajude na construção popular de um mundo mais justo e digno para a classe trabalhadora.