No dia mundial da água (22 de março) a população de Belém não tem nenhum motivo pra comemorar. Embora seja uma cidade com abundância de água, 40% dos seus domicílios não têm acesso a água potável segundo dados do IBGE. E apenas 6% têm acesso ao esgotamento sanitário. Por estes fatores são freqüentes os casos de ameba e outras doenças infecciosas entre a população da cidade, que é obrigada a ingerir água não potável.
Isto sem falar que em muitos bairros da cidade água na torneira das casas somente após as oito horas da noite, por conta do abastecimento deficitário de água que ainda é interrompido por completo por duas a três vezes na semana.
Uma triste realidade que assola a população de Belém que vive em sua imensa maioria amontoada nas inúmeras comunidades existentes por toda a cidade, originárias de ocupações espontâneas em terrenos públicos. Cerca de 53% da população ou 700 mil pessoas vivem em ocupações na capital paraense distribuídos em 48 bairros da cidade, somando um total de 30 mil imóveis sem regularização fundiária.
E são justamente estas pessoas que mais sofrem com as péssimas e escassas condições de saneamento público que a cidade dispõe; fruto do descaso histórico de governantes descompromissados com a vida desta população.
Redação Pará