A prefeitura de Niterói aumentou em 10% o preço das passagens de ônibus do município. O valor passa de 4,05% para 4,45.
Luca Sauer, Niterói-RJ
BRASIL – A partir deste último sábado (30), em Niterói (RJ), passou a vigorar o novo reajuste da passagem de ônibus. A passagem, que antes custava R$4,05, teve um aumento significativo de 10%, passando a custar R$4,45.
A empresa que gere os transportes anunciou uma redução na circulação das linhas 28, 24, 26 e 66 aos horários das 6h às 10h e das 16h às 20h. Também houve uma redução na grade horária em 15% do consórcio Transoceânico.
A justificativa geral para o aumento das passagens é a mesma que ouvimos todos os anos: “devido à inflação é necessário um reajuste”. Sabemos, no entanto, que esse reajuste só acontece para as empresas que, com medo de ver seu lucro corroído pela inflação, jogam essa conta nas costas da classe trabalhadora.
As pessoas que andam de ônibus, que estão cada dia mais empobrecidas, possuem salários de fome. Esses sim não têm um reajuste positivo em seus salários e são submetidos agora a gastar ainda mais num transporte público precário, enquanto piora a qualidade de vida.
Transportes sem qualidade e lucro para os ricos
Em relação à diminuição na circulação das linhas de ônibus, essa decisão é tomada com o objetivo de reduzir os custos dessas empresas que controlam o transporte coletivo. Isso acontece à custa de milhares de trabalhadores que terão agora que lidar com transportes cada vez mais lotados.
A maioria esmagadora da população terá sua locomoção limitada. Para a classe trabalhadora, o único meio de se locomover é o transporte público.
Todos esses aumentos, nos ônibus municipais e intermunicipais, nas barcas, no metrô e nos trens tem, portanto, uma simples função: aumentar o lucro dos ricos que controlam os transportes, e deixar o povo cada vez mais na miséria.
Enquanto o transporte público estiver nas mãos dos consórcios capitalistas, continuarão tendo aumentos das tarifas. Por isso, a maneira de se reverter isso, para que o transporte realmente seja público, é deixá-lo nas mãos da classe trabalhadora. Para que isso ocorra, no entanto, é necessária a estatização de todos os meios de transporte coletivo.