Após ficar inativa por 5 anos, aparelhada pelo PCdoB e UJS, a AMES Rio (Associação Municipal dos Estudantes Secundaristas do Rio de Janeiro) foi refundada pelos estudantes cariocas. A entidade foi fundada no fogo da luta de 1939. Já foi reconhecida pelo seu histórico de combate nas principais lutas políticas do nosso país desde antes da ditadura.
Daniel Trajano | Rio de Janeiro
JUVENTUDE – Nesta segunda-feira (19), após 05 anos, foi refundada a AMES Rio (Associação Municipal dos Estudantes Secundaristas do Rio de Janeiro). A entidade foi fundada no fogo da luta de 1939. Já foi reconhecida pelo seu histórico de combate nas principais lutas políticas do nosso país desde antes da ditadura.
A AMES protagonizou diversas lutas, como: a Revolta dos Bondes; conquista do passe livre em 1989; criação do 1º bandejão das Escolas Técnicas Mauá e Oscar Tenório; conquista da reserva de vagas na Universidade Federal do Rio de Janeiro, e a meia passagem universitária.
Porém, a majoritária (UJS/PCdoB) deixou uma das entidades mais importantes do nosso país ao relento. Enquanto o governo fascista de Bolsonaro cortava verbas dos institutos federais, propagava a reforma do Ensino Médio e chamava os estudantes de “idiotas úteis”, a entidade continuou inativa por 5 anos e voltou convocando um congresso antidemocrático.
Nesta segunda (19), ocorreu o congresso puxado pela (UJS) convocado com menos de 4 dias de antecedência. Mesmo com a tentativa de boicote, a oposição conseguiu inscrever os estudantes por meio do formulário e e-mail disponibilizado por eles. Chegando no congresso, não deixaram os estudantes se credenciarem, dando como justificativa o regimento do congresso que não foi exposto em nenhum momento para a oposição mesmo com solicitações feitas pelo e-mail. Queriam impedir que todos os estudantes que foram ao congresso com forças de oposição participassem.
A oposição participou do congresso denunciando as ações antidemocráticas durante o processo, mas durante o intervalo do almoço, a majoritária (UJS) tentou eleger a nova diretoria da entidade sem a presença dos estudantes, em menos de um minuto. Era claro o avanço quantitativo da oposição e a insatisfação dos estudantes após o abandono de uma entidade fundamental no município do Rio de Janeiro.
“O conjunto das forças de oposição ao caráter antidemocrático instaurado na manhã de segunda realizou a Plenária Final por vontade unânime dos estudantes presentes, aprovando a nova diretoria composta pelo Movimento Rebele-se, Travessia, MEP e MPJ.”, disse Maria Eduarda Schwartz, eleita presidente da AMES RIO, militante do Movimento Rebele-se e estudante do CEFET/RJ. “Revivemos a AMES Rio e vamos tocar muita luta por uma educação pública e de qualidade.”, concluiu.