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sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Em Natal, PM invade batalha de Rap, agride e ameaça MCs.

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Polícia Militar invade Batalha de Rap que acontece na Zona Norte de Natal, ameaça e agride MC durante a batalha.

Redação RN


A Batalha Clandestina é um movimento cultural da zona norte de Natal/RN, sendo um foco de resistência da juventude periférica da cidade. 

Neste sábado (26), em uma edição da batalha de MCs, a polícia militar em uma ação truculenta interrompeu momentaneamente a realização, ameaçou o conjunto de jovens e agrediu com um tapa na cara um dos artistas presentes. Apesar da repressão, com muita resistência a batalha continuou com as apresentações que classificou para a etapa nacional o melhor MC da noite. 

Na última semana aconteceram vários protestos na capital potiguar contra a violência policial. Um jovem negro foi assassinado em uma festa na comunidade do Japão, que levou a população do bairro das Quintas a fecharem uma das principais avenidas da cidade em protesto. No último dia 24, o conjunto do movimento negro manifestou-se pedindo justiça por Bernardete, liderança quilombola que foi assassinada na Bahia.

Importante pontuar que no início do mês de julho, um MC foi assassinado brutalmente após bárbaras torturas. Logo em seguida, diversas batalhas do estado se posicionaram pedindo justiça pelo jovem Antonny,  mas até hoje não houve resposta alguma da índole do desaparecimento e assassinato de um artista e trabalhador. Essa é a violência que continua perseguindo a juventude negra e os movimentos culturais e de resistência que frequentamos.

O Rio Grande do Norte vive um cenário de crescimento da violência policial com o crescimento das milícias policiais e a guerra às drogas que tem como único resultado a morte de jovens nas periferias e bairros pobres do estado. O segundo mandato do governo de Fátima Bezerra (PT), que apesar de todas as denúncias de racismo, violências e assassinatos da polícia militar, investiu R$ 35 milhões em fuzis, armas, coletes e viaturas. Ao mesmo passo que o estado carece de políticas culturais efetivas, emprego, renda e uma educação de qualidade para juventude.

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