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sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Poesia: Do que eu sei do mundo

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Pedro Laurentino Reis Pereira é natural de Teresina, capital do Piauí, e desde muito jovem iniciou sua militância política e revolucionária em defesa dos mais pobres e do socialismo. Foi militante do movimento estudantil, sendo eleito presidente do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal Rural de Pernambuco e presidente da União dos Estudantes de Pernambuco (UEP).

Foi ainda diretor da União Nacional dos Estudantes (UNE) e protagonizou, juntamente com outros camaradas, diversas lutas da juventude contra a ditadura militar fascista do Brasil iniciada em 1964 e pela libertação de vários companheiros que se encontravam presos, bem como pela anistia. Escritor e poeta, atualmente é diretor do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal do Piauí (Sintrajuf-PI).

Recentemente, Pedro Laurentino vem se dedicando à literatura, mas sem abandonar seus ideais. Do que eu sei do mundo é sua terceira obra, que se soma a Luís Cândido da Silva e Mistérios e histórias de Azeneth (em prosa), livros que contam as histórias do povo simples, cheio de dificuldade, esperança e dedicação para conquistar uma vida melhor para si e para sua família.

É, portanto, sua primeira produção em forma de poesia. Em sua obra, a poesia reflete muitas de suas experiências de vida, os espaços em que viveu e seu amor pela família. O traço mais marcante em seus versos, porém, é o valor crítico e de caráter de classe. Ele adota uma linguagem simples e acessível até aos menos letrados, ressaltando a importância da organização do povo em defesa de seus direitos, como educação e moradia. Dessa forma, usa a arte como mais um importante instrumento na defesa de uma sociedade mais justa e igualitária.

Ortodoxia

O mínimo no mínimo
o máximo no corte
o salário fraco
o mercado forte
poupando na vida
lucrando na morte
azar no trabalho
o capital tem sorte.

Equação

Trinta bilhões de dólares
que possui o Eike Batista
por um bilhão de famintos
– não perca a conta de vista.
Quanto vale um estômago
No cálculo capitalista?

Amanda Augusta, militante do PCR

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