O jornal A Verdade tem sido uma ferramenta essencial para o trabalho do MLB, auxiliando na formação política das famílias e na divulgação das lutas e vitórias do Movimento contra as injustiças que o sistema capitalista impõe sobre o povo pobre.
Coordenação Nacional do MLB
LUTA POPULAR – Para entender melhor o papel do jornal nos núcleos do Movimento, entrevistamos algumas famílias organizadas no MLB. Dona Nilda, 83 anos de idade, moradora de Diadema (SP), relata: “Eu gosto desse jornal porque tudo o que tá aqui fala do povo. Tá mostrando o sofrimento do povo. Então do que a gente tá precisando? É lutar contra as injustiças desses que tão massacrando o povo. As coisas que tem aqui nesse jornal a gente não vê em lugar nenhum. É notícias do povo pobre. Dá pra ver essa mulher aqui ó (na capa), ela tá lutando pela justiça, ela é corajosa. Quem vai libertar o povo é a verdade! E quem tá seguindo essa verdade? É nós, o povo pobre”.
No mesmo sentido, Layza Silva, de João Pessoa (PB), afirma a importância de ler o jornal nos núcleos: “Lendo o jornal, a pessoa fica sabendo das lutas dos trabalhadores. Os jornais da burguesia nunca esclarecem nem defendem os interesses dos trabalhadores, pelo contrário. O jornal me influenciou a me informar melhor sobre a luta e me organizar mais em busca dos direitos do povo”. Arinalda Vasconcelos, da Ocupação Valdete Guerra, em Natal (RN) concorda: “O jornal faz com que a gente entenda mais e mais. Sempre que tenho um tempinho, leio o jornal. É algo que aprendemos a fazer a cada dia, aprendendo também a como se posicionar nos lugares que somos questionados, sabendo responder as perguntas das pessoas”.
Lúcia Helena, coordenadora do MLB em São Bernardo (SP), também faz um relato importante: “Quando eu comecei a coordenar um núcleo do MLB, existia muito racismo na relação entre as famílias, mesmo todas as pessoas sendo negras. Eu não sabia como resolver esse problema nas reuniões, então decidi que o caminho era ler mais o jornal A Verdade e discutir sempre a exploração sobre o povo negro e trabalhador. Com os meses, a consciência de todos avançou e conseguimos superar aquele racismo que era tão presente. Esse jornal é tudo na minha vida”.
Além de comprar e ler o jornal, as famílias do MLB também são convidadas a participar das brigadas e levar nossa política para mais pessoas. “Quando cheguei no MLB, conheci logo o jornal! De início, eu não gostei porque não entendia como era sair para vender. Mas os companheiros me ensinaram e hoje gosto de ir para a brigada e vendo muitos jornais. Gosto de apresentar nosso jornal, conversar sobre ele, porque é uma coisa muito importante. É importante abrir a mente da população dos bairros porque os ricos mentem muito e no jornal A Verdade ensinamos as pessoas a lutarem contra a exploração dos patrões”, afirma Maria Aparecida, de Maceió (AL).
Já Dona Maria, 73 anos, de Diadema (SP), relata: “Eu entrei para o MLB logo fazendo a brigada do jornal. Foi uma vizinha minha que me chamou pra ir lá na estação vender jornal. Fui e gostei muito. Mudou muito as coisas pra mim, porque agora eu quero aprender a ler e a escrever. Tô aprendendo a ler com o jornal, os meninos do MLB me ajudam”.
E Milson Lopes, do MLB em Belém (PA), deixa um recado final a todas as famílias: “Quero agradecer por participar dessa família do MLB e pedir aos companheiros que acompanhem mais o jornal, para que a gente tenha conhecimento das lutas, das batalhas que temos vencido no nosso país. Hoje temos a oportunidade de ter conhecimento através do jornal A Verdade que se faz presente nas nossas reuniões”. Dona Carmen, de Porto Alegre (RS), completa: “As verdades têm que ser faladas. Não tem dinheiro que pague a nossa opinião. Todos precisam comprar e ler o nosso jornal”.
Matéria publicada na edição nº 287 do Jornal A Verdade.