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sábado, 21 de dezembro de 2024

Ação de estudantes da UFPI busca denunciar crise climática capitalista

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Organizado por movimentos sociais e entidades estudantis, ação de plantio de mudas de árvores na UFPI denuncia aquecimento global e suas consequências para os trabalhadores.

Celine Oliver Albuquerque e Giovana Soares | Teresina (PI)


EDUCAÇÃO – Em 18 de setembro, o Movimento de Mulheres Olga Benário e o Movimento Correnteza, em conjunto com os Centros Acadêmicos de Agroecologia, Jornalismo, Pedagogia, Moda e Ciências Sociais da Universidade Federal do Piauí realizaram o plantio de 19 mudas de árvores nativas ou frutíferas ao lado da Residência Universitária de Teresina. A ação teve o intuito de engajar os alunos na luta contra a crise climática global, refletindo criticamente a respeito da origem desse problema e tornando o campus da universidade um espaço mais verde e termicamente confortável para os estudantes.

Ações como essa não podem ser reduzidas a uma perspectiva liberal que prega que se “cada um fizer sua parte, podemos mudar o mundo”, a intenção dessa ação é questionar e denunciar a falta de engajamento dos governos no combate à crise climática capitalista que tem no aquecimento global uma de seus principais problemas. Num dia, estudantes apenas com poucos recursos da universidade conseguiram realizar o plantio de 19 mudas, coisa que o Estado poderia fazer numa escala muito maior.

Enquanto a classe trabalhadora é a principal afetada pela destruição causada pelo agronegócio, a indústria do petróleo e a indústria da mineração, essas indústrias e o governo que trabalha a seu favor para o suposto bem da economia, estão, na verdade, apenas interessados em como eles podem aumentar seus lucros. Com os desastres ambientais causados por eles, apenas a classe trabalhadora e a natureza são atingidas. Se nós não agirmos rápido para combater esses parasitas que estão destruindo nosso planeta, quem vai?

As árvores que crescerão da atividade farão uma diferença para os estudantes residentes desse espaço. Porém, não se pode perder de vista que, por mais que mais ações como essa ajudem um pouco, enquanto a raiz do problema do aquecimento global, o capitalismo, continuar o avanço das mudanças climáticas, vai continuar transformando cada vez mais famílias em refugiados climáticos.

O capitalismo é um sistema que preza pela produção e exploração sem limites dos recursos limitados do nosso planeta em nome do enriquecimento e concentração de poder da burguesia, sem se importar com a opressão da classe trabalhadora ou com como a crise climática destrói suas vidas e os obriga a sair de seus lares por conta de desastres perfeitamente evitáveis, como o acontecido no Rio Grande do Sul. Não é nenhuma surpresa a constatação de que esse sistema capitalista é, sem dúvidas, o principal responsável pela crise climática global e pela miséria da classe trabalhadora, a principal afetada pelas mudanças climáticas.

Retomar os recursos naturais roubados da classe trabalhadora pelas elites e instaurar um regime socialista de economia cíclica e sustentável, é a única forma de garantir a preservação adequada do meio ambiente, cessando e revertendo os efeitos desastrosos sofridos por conta dos abusos do modelo capitalista de exploração desenfreada dos recursos naturais.

Ações como a que foi realizada devem servir como um espaço de agitação, propaganda e conscientização das massas a respeito da necessidade da revolução socialista para a construção de um mundo em que exista uma verdadeira qualidade de vida para toda a classe trabalhadora e no qual se respeite os limites da natureza, sem os extrapolar a fim de produzir além do necessário.

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