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sábado, 19 de abril de 2025

Mobilização popular e greve de fome forçam recuo da perseguição do Centrão a Glauber Braga

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O presidente da Câmara dos Deputados se comprometeu a não pautar a cassação de Glauber Braga durante os próximos 60 dias. É uma vitória tática da pressão dos movimentos populares, que forçaram o Centrão e os fascistas a recuarem. Mesmo assim, é preciso manter a mobilização em defesa do mandato

Guilherme Arruda e Redação


A ofensiva do Centrão e do fascismo contra o deputado socialista Glauber Braga foi forçada a recuar nesta quinta (17/4), após nove dias de greve de fome do parlamentar e a realização de manifestações populares por todo o país em defesa de seu mandato.

Na quinta-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que se compromete a não pautar o pedido de cassação do mandato de Glauber no plenário da Casa por 60 dias. O prazo só passará a correr após a avaliação do pedido de cassação pela Comissão de Constituição e Justiça, que ainda não possui data marcada.

O acordo foi conquistado após fortes ações de denúncia do caráter persecutório da tentativa de cassação de Glauber Braga, forjada por um provocador fascista do MBL e relatada no Conselho de Ética por um deputado que já agrediu um jornalista na Câmara. Conforme noticiou o jornal A Verdade, militantes de movimentos sociais e partidos políticos, como a Unidade Popular pelo Socialismo (UP), estiveram presentes no Congresso Nacional por diversas vezes para defender o mandato popular de Glauber e o voto das mais de 78 mil pessoas que o elegeram.

A vitória parcial – já que o processo injusto de cassação não foi completamente barrado e ainda pode retornar – demonstra que a mobilização, e não a conciliação, é capaz de forçar uma mudança de posição do Congresso Nacional, mesmo em meio à hegemonia do Centrão e de segmentos fascistas.

Próximos passos

Ainda na quinta-feira, após o anúncio da interrupção do andamento da cassação, Glauber Braga acatou a indicação aprovada em uma plenária de apoiadores e suspendeu sua greve de fome. Mesmo assim, ao sair da Câmara dos Deputados, o deputado reafirmou seu compromisso com o enfrentamento às oligarquias e ao Orçamento Secreto encabeçado pelo ex-presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).

Em nota nas suas redes digitais, Glauber afirmou que “a greve de fome cumpriu o seu papel: ampliou a denúncia da perseguição política, contribuiu para a pressão popular nas ruas e nas redes e gerou toda uma solidariedade a uma causa. Esse protesto acontece não só para a simples defesa de um mandato, mas também para impedir o silenciamento de quem denuncia o escândalo do Orçamento Secreto.”

A Unidade Popular pelo Socialismo saudou a coragem e a disposição de luta de Glauber, avaliando que a dedicação do deputado ao enfrentamento com os representantes da burguesia é justa e correta.

No entanto, o fim da greve de fome também impõe o desafio de levar adiante a mobilização, já que a luta contra a cassação não terminou – assim como a denúncia dos desmandos do Centrão. Por isso, a UP convoca toda sua militância a seguir organizando e participando de atos em defesa do mandato de Glauber e também das pautas dos trabalhadores: o fim da escala 6×1 com redução da jornada de trabalho, o aumento do salário mínimo, a redução do preço dos alimentos e a prisão para os fascistas e golpistas.

“Agradecemos imensamente a toda solidariedade. Essa é uma vitória importante, mas ainda não vencemos a guerra. Por isso, é fundamental seguirmos mobilizados, em cada região do país”, complementa uma nota do mandato de Glauber Braga publicada na sexta-feira (18/4).

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