Poema em homenagem a Emmanuel Bezerra, herói do povo brasileiro e do Partido Comunista Revolucionário (PCR)
Mayara Fagundes | Campinas (SP)
Te contemplo e te vejo
Você é com todas as letras meu grande herói
Você disse e confiou na minha geração
A geração futura, não é?
Você disse que as grades estavam se esmaecendo,
pela certeza inquebrantável de que seus soldados não se renderiam.
Eu tento.
Eu tento e tenho tentado.
Tenho tentado e falhado.
Mas não me rendi.
Não ouso me dobrar
Quero ser digna de vestir esse manto santificado pelo sangue do nosso povo.
Emmanuel
Se teu suor pudesse regar a minha alma
Se teu sangue pulsasse dentro de mim
Se tua esperança penetrasse minha mente.
Que essa seja uma carta de despedida.
Uma carta de despedida do meu eu mais atrasado.
Porque há dias sombrios e que fica nebuloso
Me sinto incapaz de ser como você.
Você tinha medo?
Você chorava?
Você sentia seu coração saltar de ansiedade?
E novamente, quero ser mais como você do que o que tenho sido.
Quero vencer.
Quero olhar para essas grades,
que bem diferentes das suas
só existem na minha cabeça!
Quero olhar e ver elas esmaecendo.
Quero saber que existem esses tais soldados e que faço parte desse batalhão.
Foi difícil levantar hoje.
Mas levantei.
Venci.
Porque você venceu.
E levantarei amanhã.
Porque sou essa geração futura que você contemplou.