Em virtude da especulação no mercado financeiro e da anárquica produção capitalista, desde 2008 o mundo está mergulhado em uma profunda crise, demonstrando o fracasso geral do atual sistema político e econômico. De lá até agora todas as ilusões de que a liberalização do mercado internacional, a livre concorrência e os ideais de lucro a todo custo poderiam resolver os problemas da humanidade dissolveram-se no ar. O American Way of Life (O estilo de vida americano), antes propagado como o caminho da felicidade em filmes e canções, hoje deixa mais dez milhões de trabalhadores desempregados. O mesmo acontece com a Europa que antes era vista como o caminho para ter um trabalho certo, mas hoje, com a crise do capitalismo, países como a Espanha pontua as maiores taxas de desemprego desde 1970 e, segundo pesquisa realizada pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), o índice de desemprego entre os jovens não deve cair para menos de 17% até 2016 nos países desenvolvidos deste continente.
Ainda segundo a mesma pesquisa realizada pela OIT que foi divulgada no último dia 08 são 73 milhões de jovens entre 15 e 24 anos que encontram-se desempregados no mundo, isto é, 3,5 milhões a mais que em 2007! Em 2012 este índice chegou a 54,2% na Grécia e 38,7% em Portugal. A imprensa burguesa tem dito que entre os motivos principais está a desistência na procura de empregos, incompatibilidade da atividade exercida com a especialização do empregado e a perda de potencial produtivo das economias, isto nos países desenvolvidos. Mas a verdade é que a burguesia, temendo a perda de suas riquezas, tem colocado milhões de trabalhadores nas ruas; naturalmente menos trabalhadores significa menos gastos para o patrão, que fará com que menos pessoas continuem produzindo mais em troca de um salário de miséria. Assim, continuará roubando a maior parte das riquezas produzidas pelos trabalhadores. O fato é que o capitalismo não tem mais nada a oferecer para os jovens do mundo, muito menos aos jovens brasileiros.
No ano passado foi divulgada uma pesquisa do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro que afirma: no Brasil 5,3 milhões de jovens entre 18 e 25 anos nem trabalham nem estudam. Este é o reflexo mais triste e real da crise do capitalismo, são milhares de famílias que não têm um lugar para morar, não têm o que comer e não sabem o que será do seu futuro.
Uma vez que a anarquia do capital financeiro internacional só nos tem colocado mais limitações para uma sociedade justa e feliz, em que é subtraído das pessoas até mesmo o direito sagrado de trabalhar, só resta transformar profundamente esta sociedade. Para por fim a esta situação calamitosa em que nos colocou o capitalismo precisamos nos unir, organizar todos os trabalhadores, jovens e oprimidos para que juntos tomemos de volta o que nós construímos.
Daniel Victor, Pernambuco