Após a grande repressão e violência exacerbada cometida pela Polícia Militar de São Paulo contra os manifestantes no 5º ato contra o aumento de passagem, o 6º ato ocupou as vias mais movimentadas da cidade, contando com mais de 250 mil pessoas.
Na principal concentração, no Largo da Batata, não se conseguia ver o começo e muito menos o fim da concentração. E não havia apenas esta. Outra concentração de milhares de pessoas aconteceu na Avenida Paulista, e outros grupos foram vistos também na Avenida 23 de maio e na Avenida Brigadeiro Luis Antonio. Isso fez com que toda a cidade parasse pelas mais de seis horas de duração do ato.
Houve conflito com a Polícia apenas em frente ao Palácio dos Bandeirantes, sede do Governo do Estado, onde os manifestantes tentaram ocupar o local. Ao contrário dos atos anteriores, havia pouco policiamento acompanhando a marcha, mas em lugares estratégicos durante o percurso.
A grande parte das pessoas estavam indo ao ato pela primeira vez. Isso fez com que, em parte, se perdesse o caráter político da manifestação, o que se intensificou no dia seguinte, quando aconteceu o 7º ato. Com um contingente bem menor, mas ainda expressivo, a Praça da Sé, no Centro da cidade, foi preenchida por milhares de pessoas.
Neste ato a intolerância contra os partidos de esquerda tomou corpo e apareceu na imprensa, mas, mesmo assim, não era a maioria do ato. Os partidos foram hostilizados e obrigados a baixar suas bandeiras.
Muito se discutiu na imprensa as ações violentas tomadas por parte dos manifestantes, mas não se colocou em questão o entendimento das pessoas ali presentes quanto ao nível político das revindicações.
A organização do ato pretende retomar o caráter popular e de luta política dos primeiros atos e, para tanto, as entidades participantes, dentre elas a União da Juventude Rebelião (UJR), convocam todas as pessoas e a se unirem nessa luta. Nos próximos dias, haverá concentrações em várias capitais do País como Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Recife, Maceió, entre outras. Em São Paulo a concentração será na Praça do Ciclista, esquina da Consolação com a Paulista.
Basta de exploração dos patrões e de abusos contra o povo!
Estatização do transporte público já!