Após três dias de uma combativa greve (de 04 a 06 de julho), os servidores da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) retornam ao trabalho neste dia 07 com diversas vitórias.
A greve foi organizada pelo Sindicato dos Urbanitários da Paraíba (Stiupb) e pelo Movimento Luta de Classes (MLC), após mais de dez anos sem que algo parecido acontecesse nesta categoria. O eixo principal das reivindicações era a melhoria imediata das condições de trabalho, a defesa de uma Cagepa 100% pública e um aumento salarial digno.
Há pouco mais de seis meses, a chapa Renovação Sindical (composta por militantes do MLC e outros funcionários da Cagepa, Chesf e Energisa descontentes com o absoluto abando do Sindicato) venceu a eleição ocorrida em dezembro passado e mudou completamente a postura da entidade.
Com esta greve, foram assegurados importantes avanços para a recuperação da empresa, bem como a retomada das negociações salariais, desta vez com a mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT). A principal conquista foi a demissão de mais de 500 apadrinhados que recebiam altos salários como “cargos comissionados”, bem como a imediata convocação de 250 novos funcionários, aprovados no último concurso público.
Também foi garantida a aquisição, em grande quantidade, de equipamentos de proteção individual e coletiva, a instalação de uma comissão permanente para acompanhar o pagamento das horas-extras, além do abono do ponto dos grevistas pelos três dias de paralisação das atividades.
A unidade dos trabalhadores e trabalhadoras foi maior do que todas as pressões dos chefes setoriais e do que a descrença de alguns. Após a imensa divulgação em todos os veículos de comunicação da Paraíba sobre os problemas enfrentados pelos funcionários dentro da empresa, a meta da categoria agora é buscar um melhor reajuste salarial, quando retomadas as negociações.
“Vamos nos manter firmes em nossas reivindicações. Esperamos que a Cagepa possa, de fato, negociar desta vez, saindo de sua postura de intransigência. Só assim, poderemos avançar. Realizamos uma greve histórica porque nossos inimigos são fortes, e o nosso Sindicato ainda vive um momento de transição, sem falar nos pouquíssimos recursos que dispomos”, afirma Wilton Maia, presidente do Stiupb.
Rafael Freire
Desde 2008 nao vejo nada igual parabens a todos que fiseram parte dessa manifestaçao construtiva sou apenas mais um dos classificados do utimo concurso da cagepa e ate agora nada
mais sei que tudo ta novo e com isso tenho ceretesa que nao so eu mais todos os classificados serao chamados