Com a participação de centenas de trabalhadores e trabalhadoras revolucionários, realizou-se com grande êxito o VIII Encontro Latino-Americano e Caribenho de Sindicalistas (ELACS) na República Dominicana. O principal objetivo do Encontro foi debater as consequências da crise do capitalismo sobre os trabalhadores e a necessidade de fortalecer e consolidar a ideologia revolucionária nos trabalhos dirigidos por sindicatos classistas.
Nesse sentido, resoluções importantes foram elaboradas para edificar a luta dos trabalhadores diante de mais uma crise do capital com as suas demissões em massa e a retirada dos direitos conquistados pelos trabalhadores, como aposentadoria, férias e salários dignos. Essas mazelas ocasionadas por esse sistema econômico injusto, em que impera esse modo de produção que se caracteriza por uma produção coletiva, mas com a sua apropriação individual, permeia e toma conta desse debate internacional, no qual várias línguas se unem para lutar e mudar a situação dessa sociedade desigual.
A delegação brasileira presente ao encontro, representada por companheiros do PCR e do MLC, demonstrou de forma firme e camarada a linha política defendida e fomentada nos diversos campos de trabalho, como na área sindical.
Uma iniciativa importante foi a realização de uma reunião com as mulheres presentes para debater a situação das trabalhadoras na sociedade. As diversas formas de repressão num sistema econômico em que a maioria da força de trabalho é de mulheres, mas que recebe por parte do mercado um tratamento discriminatório e injusto, pois ganha apenas metade do salário pago aos homens embora desempenhando a mesma função. Outras questões foram discutidas como o assédio moral e a pressão da sociedade para que as mulheres sintam culpa por deixar a sua casa e os filhos para ir à rua trabalhar – ou seja, a luta para recuperar a autoestima diante de tanta pressão e desvalorização da parte dessa sociedade mesquinha e exploradora.
Também participamos de forma coesa das resoluções finais que, entre outras coisas, reafirmaram a necessidade de defender e consolidar os nossos trabalhos sindicais, em conformidade com a linha marxista-leninista, como a única solução para os diversos problemas e adversidades por que passam os povos.
O retorno de uma viagem desse porte significa a renovação da alma, a ratificação da opção ideológica, a disposição de jogar a mesquinhez no lixo e o pensar para frente; essa intensa e constante luta pela libertação dos nossos corações e mentes; e a junção da nossa alma e dos nossos punhos na construção de um novo homem, para uma nova vida coletiva.
Denise Maia, Rio de Janeiro