Numa clara tentativa de minimizar os efeitos da sua grave crise econômica, o imperialismo norte-americano, em aliança com o Estado sionista de Israel, prepara uma nova ofensiva militar. O alvo é o Irã, país que possui um imenso reservatório de petróleo, está em franca expansão da sua produção e exporta para vários países do mundo. Nos últimos anos, como forma de romper o cerco imposto pelos norte-americanos e israelenses, o governo do Irã alargou relações diplomáticas, realizou diversos acordos bilaterais, investiu maciçamente em tecnologia e possui um programa de energia voltado para sua autossuficiência mediante o enriquecimento de urânio.
As sanções econômicas contra o Irã
Os indícios de mais essa covarde e injusta agressão saltam aos olhos.
Foram várias as rodadas de sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU. Embora a máquina de propaganda do imperialismo afirme que tais medidas são destinadas a conter o enriquecimento de urânio do país, impedindo a criação da bomba atômica, na verdade, diferentemente do que afirmam os meios de comunicação, as ações visam enfraquecer a economia iraniana. Com elas se impede a entrada de divisas no país e a impossibilidade de acumulação de estoques militares ou suprimentos, ou seja, enfraquece o adversário para que, em caso de um ataque, tenha dificuldade de recompor suas forças. Outro objetivo: dividir a população. Na medida em que as importações privam de produtos boa parte das pessoas, essas acabam duvidando naturalmente da capacidade do governo de resolver seus problemas. As sanções econômicas não objetivam resolver os conflitos, mas antes preparam as ações militares.
No dia 20 de dezembro passado, o Congresso dos EUA aprovou, praticamente por unanimidade nas duas câmaras, um pacote de sanções contra o governo do Irã. A partir do próximo mês de julho, toda empresa que mantiver relações com o Banco Central do Irã, que centraliza as transações financeiras relacionadas ao petróleo, será impedida de manter negócios nos EUA ou com empresas norte-americanas.
Até mesmo os debates entre os candidatos do Partido Republicano à Presidência da República têm se tornado máquinas contra o Irã. Em vez de debater como os EUA reduzirão seu enorme desemprego, o pré-candidato Mitt Romney (favorito na disputa do PR) acusou o presidente americano, Barack Obama, de ser ingênuo perante o Irã e prometeu que, se for eleito presidente, “preparará a guerra” contra a república islâmica. Em artigo publicado no The Wall Street Journal, Romney diz que apoiaria a diplomacia americana “com uma opção militar muito real e confiável”, mobilizando tropas militares no Golfo e potencializando a ajuda militar a Israel.
Diferentemente das últimas intervenções dos imperialistas, a agressão militar contra o Irã tem tido diversas resistências e contradições. A verdade é que isso ocorre em virtude dos negócios do petróleo e, por esse motivo, há uma divisão entre as multinacionais.
Os norte-americanos veem crescer o comércio por fora do dólar e por isso estão bastante ameaçados. As vendas do petróleo iraniano são feitas em moedas locais e no mercado spot, à vista, fora dos mercados futuros especulativos, apesar de as multinacionais imperialistas incluírem as reservas iranianas na ciranda especulativa por meio de mecanismos indiretos. Da mesma maneira, as transações comerciais entre outros países asiáticos, inclusive entre a China e o Japão, estão sendo realizadas em moedas locais.
Sem falar de que pelo Estreito de Ormuz, controlado pelo Irã, circula 40% do petróleo consumido no mundo produzido pelos países do Oriente Médio. Logo, o controle militar dessa região é fundamental. Como boa parte dos países do Oriente Médio tem se rebelado contra Washington, logo as grandes empresas norte-americanos estão de cabelo em pé. Somente com essa ameaça, criada pelos próprios norte-americanos, de o Irã fechar o estreito, na medida em que os iranianos não o fariam, pois a maior parte de sua produção passa por lá, o preço do barril de petróleo disparou, levando preocupações às multinacionais petrolíferas e enriquecendo meia dúzia de especuladores que apostam na guerra.
As divisões se acentuaram. Os governos do Japão e da Coreia do Sul pediram exceções para as sanções do governo dos EUA em relação às importações do petróleo iraniano. A Coreia do Sul anunciou que comprará ao Irã 10% das suas necessidades de petróleo em 2012. O Japão, que depende em 10% das suas necessidades de petróleo iraniano, declarou que reduzirá esse volume “assim que seja possível”. As importações da China, Índia, Japão e Coreia do Sul somadas respondem por 62% do total das exportações iranianas.
A China, que importa do Irã em torno de 20% da produção de petróleo total, tem se declarado contrária às sanções imperialistas. O país depende do Irã em 15% das suas necessidades de petróleo e gás. As construtoras chinesas detêm enormes contratos no maior campo petrolífero iraniano, Yadavaran, e na construção do oleoduto do Mar Cáspio até a China Ocidental, através de Cazaquistão. Adicionalmente, empresas chinesas estão expandindo a construção do metrô de Teerã, instalando redes de fibra óptica e produzindo automóveis no país. O comércio entre os dois países alcança US$ 30 bilhões e a expectativa é que chegue a US$ 50 bilhões em 2015. A Índia é o segundo maior importador de petróleo iraniano, com 400 mil barris diários, que representam 11% das suas necessidades diárias.
Entretanto, os negócios mais atingidos com essa guerra estão na Rússia. Há pouco, em parceria com a China, Rússia e Irã, os russos construíram um gasoduto para trazer gás do Turcomenistão e que bombeará 8 bilhões de metros cúbicos de gás turcomano. Mas tem capacidade para bombear anualmente 20 bilhões de metros cúbicos. Sem falar das gigantes russas de petróleo e gás Gazprom, Lukoil e GazpromNeft, que já assinaram contratos de bilhões de dólares para ajudar o Irã a explorar seus campos de hidrocarbonetos.
Fica mais do que claro que os norte-americanos estão de olho nesse rico ouro negro e no gás, e não nas possíveis bombas atômicas ou de “destruição em massa” de que acusaram ter Saddam Hussein – e nunca as encontraram.
As provocações
Como toda guerra precisa ter um motivo, o Mossad, serviço secreto de Israel, e a CIA, inteligência dos EUA, prepararam diversas investidas para gerar uma resposta do Irã, que tem resistido bravamente. Os israelenses executaram o plano que resultou na morte de Mostafa Ahmadi Roshan, de 32 anos, engenheiro nuclear iraniano. Ele morreu em um atentado a bomba. A ação provocou em Teerã uma onda de revolta contra Israel. Os principais jornais iranianos pediram represálias imediatas do governo contra ambos os países.
O assassinato domina o noticiário naquele país e muitos criticaram o que chamaram de silêncio do Ocidente sobre as mortes. Os jornais mais radicais pedem, inclusive, uma ação secreta contra Israel. A mídia internacional boicotou as informações e as provocações ameaçam dividir o governo. O ataque foi similar a outros quatro que aconteceram em Teerã nos últimos dois anos. Três cientistas, incluindo dois que também trabalhavam no programa nuclear iraniano, morreram, enquanto outro – que agora dirige a Agência de Energia Atômica do Irã – escapou por pouco tempo de um atentado.
Os preparativos militares, ao mesmo tempo, andam a todo vapor. O porta-aviões USS Nimitz posiciona-se ao largo, na costa do Irã. Os EUA trasladaram um grupo de militares especializados em desembarque e um batalhão inteiro de marines. A tropa segue embarcada nos navios anfíbios Makin Island, New Orleans e Pearl Harbor. Soma-se à força naval uma esquadrilha reforçada de helicópteros e um batalhão de retaguarda.
Além do USS Nimitz, o Estreito de Ormuz contará com a presença de um grupo de combate da V Frota Marítima, encabeçado pelo porta-aviões Carl Vinson, com aeronaves a bordo. Estes equipamentos se somam a um outro grupo de navios de guerra estacionado na região desde dezembro último.
Por outro lado, o principal país contrariado pelo confronto, a Rússia, elevou o “alerta vermelho” na sua frota que patrulha a região. Segundo fonte do Ministério da Defesa russo, falando à agência espanhola de notícias Rictv, o governo daquele país determinou o reforço na segurança da Rodovia Transcaucasiana e nos mares Cáspio, Mediterrâneo e Negro, diante do iminente ataque de Israel às instalações nucleares iranianas, considerado “inevitável e a ser realizado em prazo muito curto”.
A preparação da Rússia, na esfera militar, a fim de minimizar as perdas humanas e materiais por conta das possíveis operações bélicas do Ocidente contra o vizinho Irã, começou há mais de um ano “e estão praticamente concluídas”, acrescenta a fonte. As tropas na Transcaucasiana e no Mar Cáspio “estão prontas para eventuais combates e os navios de guerra estão posicionados até o Mediterrâneo”, revela.
A qualquer momento, poderemos ter uma nova guerra em virtude da decadência do imperialismo capitalista, resultado da sede de lucro das grandes multinacionais petrolíferas e armamentistas.
Serley Leal, Fortaleza
Nasci em Tel-Aviv, estudei em diferentes escolas e universidades (Haiffa, Jerusalem, Tel-Aviv, Cairo, etc). Sou antropologo brasilianista. Certamente, ainda tenho muita dificuldade de compreender tanto os costumes brasileiros quanto os costumes mediterrânicos. Contudo, tenho vontade para isso. Neste caso, a notícia sobre uma possível guerra contra o Irã é algo perturbador. Imagino a miséria que está os iranianos hoje e como estarão depois desse ataque; estarão em frangalhos e muito mais sofridos. Sim, Israel, Estados Unidos e muitos outros países são Imperialistas. Sim, o petróleo é matéria-prima muito importante para vários países. Também é importante saber que os iranianos, ou parte da população, sonha em desenvolver um Grande País, com forte exército e bastante riqueza. Isso seria ótimo, se não houvesse tanta conversa tonta e provocativa por parte dos governantes deles. Infelizmente, as palavras são usadas para afastar o próprio medo e manter um plano de sucesso. Mas, se eles (iranianos) não tiverem os mísseis em condições de varrer Israel do Mapa, como prometem em nove minutos, eles terão GUERRA, com muita força e habilidade somente desenvolvida por GUERREIROS. Sou parte disso, com 57 anos, com três filhas que já estão sobre a região, em caças f-16, com bombas inclusive atômicas. Se for necessário, morrerão tantos iranianos que a idéia ficará fora de lugar. Também estarei lá, como piloto de caça, voluntário para defender meu país. Isso é Dialética, a mais dura e estúpida forma de decidir quem é melhor.
Não sou filósofo da Guerra, mas lutarei pela pátria, e pela minha família.
AHKarl Hirsch
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Ahkarlhirsch – Você é verdadeiro maluco sem cerebro. o irã sabe muito bem com quem esta mexendo. Nós temos armas e força o suficiente para matar todas as mulheres e crianças de ISRAEL. e degolar cada soldado como você. seu babaca. Se não fosse os EUA. vocês seriam a escoria da humanidade. judeu é bom mais morto. Somente questão de tempo. outra coisa você com essa idade não aguantaria ném um dia de guerra. PRINCIPALMENTE COM O TODO PODEROSO. ”IRÔ’
Caro Amigo
Entendo o seu ponto de vista.
Como seria bom ter um mundo de PAZ.
Independente dos interesses ocidentais, concordo plenamente com um basta nos regimes dos ahiatolas, dar um basta em uma ditadura religiosa de opressao ao povo Iraniano.
Imaginem so um Iran atomico!!! Acredito no poder belico e na inteligente militar Israelense.
Que vença a liberdade e que sofra os que causam os sofrimentos.
A maioria das guerras só acontece por motivos econômicos e acredito que esta não seja diferente. Mas esta tem também um componente á parte. È o fundamentalismo islâmico da elite persa que se apropriou do ideal de país potência da região que data de séculos atrás. A Pérsia sempre foi referência na região enfrentando outras potências( como Roma que venceram e aprisionaram o rei, única derrota romana na história), Grécia(contra Alexandre Magno, Armênia, Bizâncio, Turquia Otomana e outras. E os aiatolás querem retomar esse passado glorioso e assim como os USA não se importam com o preço de vidas humanas a pagar ou a miséria que assolará o país se a guerra vier desde que vençam. Eles elegeram Israel como alvo, como na história bíblica de Ester, porque através dele afastam Turquia e Arábia Saudita outros dois países que tem o mesmo desejo de hegemonia. Infelizmente serão os povos americanos (que se afundarão economicamente ainda mais), israelenses e iranianos( sofrerão bombardeios,fome e restrições) que pagarão o pato. Uma guerra com este potencial fatalmente arrastará de diversas formas o mundo para o precipício. Por isso torço para que os iranianos não entrem para o clube atômico porque apesar de toda pilantragem americana( é o mal do século essa potência) eles cairão por si próprio. nenhuma potência é eterna e a história já mostrou isso e eles são testemunhas desse fato.